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Estado de Minas

Prefeitura busca agilizar processos burocráticos para tentar salvar os fícus de BH

Ao decretar situação de emergência por causa de infestação de praga, município busca conseguir em curto prazo autorização para aplicar pesticidas nas árvores contaminadas


postado em 26/03/2013 16:07 / atualizado em 26/03/2013 16:29

Praga ameaça transformar os cenários de Belo Horizonte(foto: Euler Junior/EM/D.A Press)
Praga ameaça transformar os cenários de Belo Horizonte (foto: Euler Junior/EM/D.A Press)


A expectativa de salvar os centenários ficus da capital mineira é depositada em dois pesticidas, ambos com agentes biológicos. Eles estão em fase de teste e a Prefeitura de Belo Horizonte espera conseguir, em curto espaço de tempo, autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicá-los nos canteiros e praças da cidade. Para agilizar os processos junto aos órgãos federais, o município decretou estado de emergência pela infestação da mosca-branca-do-fícus (Singhiella sp.).

A aposta da Secretaria Municipal de Meio Ambiente é o Óleo de Nim (ou óleo de Neem), uma substância extraída de árvore de origem asiática e tem sido usada como alternativa ao uso de agrotóxicos no Brasil, com estudos iniciados em 1986. O outro pesticida é o fungo entomopatogênico, que é capaz de parasitar o inseto, matando-o ou paralisando-o.

O Decreto 15.183/2013, foi publicado na edição dessa segunda-feira do Diário Oficial do Município. Segundo a prefeitura, se não fosse declarada a situação de emergência a análise do pedido para aplicação dos pesticidas em área urbana poderia demorar até dois anos, não restando tempo hábil para salvar as plantas históricas da cidade. Há na capital cerca de 12 mil exemplares desta espécie. As mais ameaçadas estão concentradas nas avenidas Bernardo Monteiro, no Bairro Santa Efigênia, Barbacena, no Bairro Santo Agostinho, e nos arredores da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, no Centro.

Ao declarar emergência, a prefeitura visou salvar as árvores, resguardar vidas e bens materiais da população (já que há risco iminente de queda das plantas), conter a disseminação da praga e informar a população sobre o problema enfrentado.

A infestação pela mosca-branca-do-ficus foi identificada no segundo semestre do ano passado. A praga de origem asiática é nova no país. Em 2009 houve registro dela no Rio de Janeiro. No ano seguinte, São Paulo exterminou as árvores que hospedavam o inseto. Em Belo Horizonte há grande mobilização social em defesa da preservação dos fícus, que já foram símbolo da chamada Cidade Jardim, como era apelidada a capital mineira.

Por ser recente, os pesquisadores não identificaram na literatura científica nacional e internacional, metodologias ou produtos específicos para o controle e a erradicação desta praga em áreas urbanas. A PBH já tentou usar inseticidas e placas colantes, um tipo de adesivo em que as moscas ficam presas. No entanto, a situação ainda não melhorou. (Com informações de Luana Cruz)


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