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Estado de Minas

Celebração de Páscoa levou 300 fiéis à Serra da Piedade


postado em 01/04/2013 06:00 / atualizado em 01/04/2013 07:36

Tiago de Holanda

(foto: Juarez Rodrigues/EM DA Press)
(foto: Juarez Rodrigues/EM DA Press)

A neblina recobria boa parte do Santuário da Serra da Piedade, em Caeté, na Grande BH. A paisagem estava oculta por uma “cortina” branca de aspecto impenetrável. Foi nesse cenário que ontem o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, celebrou a missa de Páscoa em homenagem à ressurreição de Jesus Cristo. Cerca de 300 pessoas assistiram à cerimônia na Igreja Nova das Romarias.

“O santuário tem a propriedade singular de mostrar mil e uma facetas da natureza, que nos chamam sempre a perceber que Deus é o criador, é senhor de tudo. Hoje (ontem), as nuvens descem para beijar a ermida da padroeira”, disse dom Walmor antes da missa, referindo-se a Nossa Senhora da Piedade, padroeira de Minas Gerais. A celebração começou às 11h. O arcebispo caminhou até o altar ao som do hino Novo sol brilhou, cantado por um coro: “O Deus de amor jamais se descuidou. Em seu vigor, Jesus ressuscitou”.

“Hoje (ontem), a festa nos dá a indicação primeira e fundamental de que devemos viver à procura Dele, Cristo, o filho vencedor da morte para sustentar nossa vida e, como grande luz, iluminar nosso caminho”, disse o religioso no púlpito, a poucos metros de uma grande estátua representando o popular tema da Pietà (piedade, em italiano), em que a Virgem Maria segura em seu colo o corpo morto e ferido de Jesus, após a crucificação.

No lado de fora da igreja, um chuvisco fino, que mais parecia flutuar do que cair, ajudava a manter a temperatura baixa e turvava os óculos de quem chegava. A maioria dos fiéis buscava se proteger do frio com casacos, cachecóis e gorros. O engenheiro mecânico Eduardo Moreira, de 29 anos, e a esposa, a advogada Daniele Moreira, de 31, moram em BH e visitavam o santuário pela primeira vez. Eles decidiram assistir à missa por sugestão de um casal amigo, o também engenheiro mecânico Célio Geraldo do Nascimento, de 31, e a professora de educação física Camila Magalhães, de 29.

“Nós vimos ao santuário pelo menos uma vez por ano. O lugar tem muita paz e a paisagem é linda”, disse Camila, lamentando o fato de a ampla vista estar encoberta pela cerração. “Como é um lugar afastado da cidade, tem um silêncio que nos ajuda a pensar, a contemplar. A gente se concentra mais”, concordou Daniela.


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