A dengue já está tomando números alarmantes em todo o Estado. Mais duas mortes estão sendo investigadas pela Secretaria de Saúde. Os óbitos aconteceram na cidade de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, que vive uma epidemia da doença. Os dados ainda não foram incluídos no balanço do órgão, que já contabiliza nestes primeiros meses deste ano, 34 mortes, 88% a mais que no ano passado inteiro.
De acordo com o secretário de saúde de Teófilo Otoni, Edimar Oliveira, a primeira morte aconteceu no domingo. Uma mulher de 74 anos, que não teve o nome revelado, morreu em um hospital da cidade, com suspeita de dengue hemorrágica. O outro caso aconteceu na segunda-feira. Uma moradora do Bairro Jardim São Paulo, de 62 anos, deu entrada na unidade de saúde com os sintomas da doença no domingo. No dia seguinte, acabou morrendo. “Foi informado nos atestados de óbitos a suspeita de dengue hemorrágica. Agora vamos começar a investigar. Já começamos a fazer a apuração nos hospitais e em seguida vamos encaminhar os documentos para a Secretaria Estadual de Saúde”, afirma o secretário.
O número de casos em Minas Gerais também preocupa. De acordo com o último boletim da SES, 37.771 pessoas já foram infectados pela doença até a sexta-feira. Porém, especialistas alertam que este ano pode ter o pior número da enfermidade do que 2010 – ano da última e mais grave epidemia no estado. Naquela época foram 194.636 doentes confirmados e 106 pessoas morreram.
BH em alerta
O prefeito Marcio Lacerda (PSB) acredita que a dengue não será um problema para a Copa das Confederações, que começa em junho. A capital já registrou duas mortes e 5.757 casos da doença e as autoridades já confirmaram que Belo Horizonte vive uma epidemia da doença. Para o prefeito o grande volume de doentes na capital é devido ao surgimento de um novo vírus. Para ele, a doença será extinta antes do campeonato.
"Apesar de nós termos tido os indicadores de infestação em janeiro até menores do que o ano passado, nós tivemos um número maior de casos do vírus tipo 4, atacou com força algumas pessoas sem imunidade. E os casos iniciais detectados em Belo Horizonte foram de pessoas que viajaram para o interior ou o litoral durante as férias. Você sabe que vírus e mosquito não respeitam fronteiras. Nós teremos um retrocedimento desses casos agora em abril. Mas em maio a epidemia que de fato é uma epidemia estará extinta e de fato não chegará à Copa das Confederações", disse Marcio Lacerda durante um encontro para tratar de planos operacionais do evento esportivo.