Cultura e natureza vão caminhar juntas e totalmente integradas ao Parque Municipal Américo Renné Giannetti, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A união será possível graças à construção de um novo equipamento, o Espaço Multiuso, no lugar do antigo Colégio Imaco, em fase de demolição, e a restauração do Teatro Francisco Nunes, fechado há quatro anos, atendendo uma reivindicação da classe artística e do público. “As obras do teatro vão começar dentro de 30 dias, fruto da parceria entre a prefeitura e uma operadora de planos de saúde, por meio do programa Adote um bem cultural. O custo será de R$ 10 milhões”, disse, na manhã de ontem, o prefeito Marcio Lacerda (PSB), ao participar, no parque, ao lado do governador Antonio Anastasia, da assinatura da ordem de serviço para o Espaço Multiuso.
Lembrando que o prédio onde funcionava o Colégio Imaco estava desativado há quatro anos, o governador disse que vê a obra “de maneira vibrante” e a considera “um ponto positivo” para a cidade, que vem recebendo equipamentos culturais e terá outros abertos no segundo semestre, como o V & M Brasil Centro de Cultura, ex-Cine Theatro Brasil, na Praça Sete. “Tínhamos aqui uma estrutura de educação, que será substituída por uma construção urbana mais adequada às artes, concertos e manifestações populares”, disse Anastasia, lembrando que o Palácio das Artes também está sendo restaurado. “Assistimos a um renascimento em BH, que mostra a sua vocação cultural”, disse.
Segundo o prefeito, a gestão do Espaço Multiuso será da Fundação Municipal de Cultura (FMC), embora o Américo Renné Giannetti seja administrado pela Fundação de Parques Municipais. Com área construída de 2 mil metros quadrados, sendo metade na arena cultura e a outra na esplanada que a circunda, o equipamento terá palco para shows e plateia com capacidade para 3 mil pessoas. “Éum varandão totalmente integrado ao meio ambiente”, disse o arquiteto Gustavo Penna. Ele afirmou que a edificação dará acesso a uma biblioteca, cafeteria e outros serviços.
DIÁLOGO O presidente da Fundação de Parques Municipais, Homero Brasil, destacou que o projeto tem importância ambiental, pois terá um palco definitivo, o que impedirá que carretas entrem e saem do parque para montar estruturas para shows, além do aspecto cultural. “O prédio do Imaco está desativado desde 2009. “Temos, assim, um diálogo entre os dois setores”, disse Brasil. O presidente da FMC, arquiteto Leônidas Oliveira, considerou essa “arena de cultura” um lugar permeável, onde o verde e as artes se integram. “As decisões são muito importantes. Esse espaço e o Teatro Francisco Nunes ampliam a ocupação cultural”, garantiu a secretária de estado da Cultura, Eliane Parreiras.
No fim da década de 2000, causou polêmica o projeto de demolição do Colégio Imaco, inaugurado em 1952, na gestão de Américo Renné Ginnetti (1951 a 1954). “Na época fui contra, mas vejo agora que esse projeto é sinérgico. Acho fundamental unir ecologia e cultura”, disse o zoólogo, ambientalista, escritor e teatrólogo professor Ângelo Machado, que participou da solenidade.
ÍCONE DO PARQUE
O Teatro Francisco Nunes, no Parque Municipal, no Centro de BH, é considerado de porte médio, com 530 lugares. Há quatro anos, ele foi fechado para reforma da estrutura do telhado. O cenógrafo e arquiteto Raul Belém Machado (1942-2012) criou o novo projeto visual. Chamado no início de Teatro de Emergência, a casa foi inaugurada em 1950, pelo então prefeito Otacílio Negrão de Lima. Na época, a capital se encontrava carente de teatros: o antigo Teatro Municipal havia se transformado no Cine Metrópole, demolido em 1983, e o Palácio das Artes ainda estava em construção. O nome do teatro é uma homenagem ao clarinetista e maestro mineiro Francisco Nunes (1875-1934), que criou a Sociedade de Concertos Sinfônicos de BH e dirigiu o Conservatório Mineiro de Música. O palco também abrigou o nascimento do moderno teatro mineiro em suas mais variadas tendências, como os trabalhos de João Ceschiatti, João Etienne Filho, Jota Dangelo e Haydée Bittencourt.
Lembrando que o prédio onde funcionava o Colégio Imaco estava desativado há quatro anos, o governador disse que vê a obra “de maneira vibrante” e a considera “um ponto positivo” para a cidade, que vem recebendo equipamentos culturais e terá outros abertos no segundo semestre, como o V & M Brasil Centro de Cultura, ex-Cine Theatro Brasil, na Praça Sete. “Tínhamos aqui uma estrutura de educação, que será substituída por uma construção urbana mais adequada às artes, concertos e manifestações populares”, disse Anastasia, lembrando que o Palácio das Artes também está sendo restaurado. “Assistimos a um renascimento em BH, que mostra a sua vocação cultural”, disse.
Segundo o prefeito, a gestão do Espaço Multiuso será da Fundação Municipal de Cultura (FMC), embora o Américo Renné Giannetti seja administrado pela Fundação de Parques Municipais. Com área construída de 2 mil metros quadrados, sendo metade na arena cultura e a outra na esplanada que a circunda, o equipamento terá palco para shows e plateia com capacidade para 3 mil pessoas. “Éum varandão totalmente integrado ao meio ambiente”, disse o arquiteto Gustavo Penna. Ele afirmou que a edificação dará acesso a uma biblioteca, cafeteria e outros serviços.
DIÁLOGO O presidente da Fundação de Parques Municipais, Homero Brasil, destacou que o projeto tem importância ambiental, pois terá um palco definitivo, o que impedirá que carretas entrem e saem do parque para montar estruturas para shows, além do aspecto cultural. “O prédio do Imaco está desativado desde 2009. “Temos, assim, um diálogo entre os dois setores”, disse Brasil. O presidente da FMC, arquiteto Leônidas Oliveira, considerou essa “arena de cultura” um lugar permeável, onde o verde e as artes se integram. “As decisões são muito importantes. Esse espaço e o Teatro Francisco Nunes ampliam a ocupação cultural”, garantiu a secretária de estado da Cultura, Eliane Parreiras.
No fim da década de 2000, causou polêmica o projeto de demolição do Colégio Imaco, inaugurado em 1952, na gestão de Américo Renné Ginnetti (1951 a 1954). “Na época fui contra, mas vejo agora que esse projeto é sinérgico. Acho fundamental unir ecologia e cultura”, disse o zoólogo, ambientalista, escritor e teatrólogo professor Ângelo Machado, que participou da solenidade.
ÍCONE DO PARQUE
O Teatro Francisco Nunes, no Parque Municipal, no Centro de BH, é considerado de porte médio, com 530 lugares. Há quatro anos, ele foi fechado para reforma da estrutura do telhado. O cenógrafo e arquiteto Raul Belém Machado (1942-2012) criou o novo projeto visual. Chamado no início de Teatro de Emergência, a casa foi inaugurada em 1950, pelo então prefeito Otacílio Negrão de Lima. Na época, a capital se encontrava carente de teatros: o antigo Teatro Municipal havia se transformado no Cine Metrópole, demolido em 1983, e o Palácio das Artes ainda estava em construção. O nome do teatro é uma homenagem ao clarinetista e maestro mineiro Francisco Nunes (1875-1934), que criou a Sociedade de Concertos Sinfônicos de BH e dirigiu o Conservatório Mineiro de Música. O palco também abrigou o nascimento do moderno teatro mineiro em suas mais variadas tendências, como os trabalhos de João Ceschiatti, João Etienne Filho, Jota Dangelo e Haydée Bittencourt.