A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai realizar nesta terça-feira uma audiência pública para discutir o assassinato do jornalista Rodrigo Neto de Faria, morto a tiros em 8 de março em Ipatinga, na Região do Rio DoceNesta segunda-feira, familiares e amigo do jornalista fizeram uma manifestação pelas ruas da cidade
Os deputados que compõe a comissão visitaram Ipatinga e solicitaram agilidade nas investigações do casoRodrigo foi executado por dois homens em uma motocicleta depois de sair de um churrasquinho que frequentava regularmente no Bairro CanaãEle chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentosO jornalista era conhecido por denunciar crimes com suspeita de envolvimento de policiais e de pessoas influentes na região, até mesmo os que teriam participação de grupos de extermínio
Foram convidados para a audiência o deputado federal Nilmário Miranda (PT-MG); o delegado adjunto do 12º Departamento de Policia Civil de Minas Gerais, Alexsander Esteves Palmeira; e os presidentes da Associação Brasileira de Imprensa, Maurício Azêdo; da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MG, William dos Santos; e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, Eneida Ferreira da Costa.
Na última quinta-feira, o delegado Emerson Morais, responsável pelo caso, informou que a primeira etapa das investigações foram concluídas com "linhas consistentes de apuração"As apurações seguem em segredo de Justiça
Manifestação
Vestidos com camisa preta com os dizeres: “Rodrigo NetoSua voz não vai se calar”, cerca de 60 pessoas entre familiares e amigos, fizeram uma passeata pelas ruas de Ipatinga, para marcar os 30 dias do assassinato do jornalistaO grupo se reuniu na Praça 1º de Maio e foram atá a 1ª Delegacia de Polícia Civil da cidade
Os manifestantes pretendem vir a Belo Horizonte na próxima quinta-feira para entregar um relatório com os crimes que têm o mesmos modus operandi do assassinato do jornalistaO dossiê será entregue para a ministra Maria do Rosário Nunes, da Secretaria de Direitos Humanos do governo
federal.