Jornal Estado de Minas

Zona da Mata

Empresas terão de tomar medidas para evitar rompimento de cinco barragens de resíduos

O Ministério Público Federal (MPF) em Manhuaçu, Região da Zona da Mata, abriu inquérito para apurar os cuidados que estão sendo tomados para evitar uma tragédia ambiental

João Henrique do Vale
Empresas que exploram a mineração de bauxita e fabricam papel terão o prazo de 30 dias para informar quais medidas estão tomando para evitar o rompimento de cinco barragens de rejeitos localizadas na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, que banha Minas Gerais e o Rio de Janeiro
O Ministério Público Federal (MPF) em Manhuaçu, Região da Zona da Mata, abriu inquérito para apurar os cuidados que estão sendo tomados para evitar uma tragédia ambiental

O MPF quer investigar se as empresas estão tomando medidas para evitar o rompimento de cinco barragens localizadas em Miraí, Cataguases e Itamarati de MinasEsses depósitos acumulam milhões de litros de rejeitos industriais, que podem causar graves danos ao Rio Paraíba do Sul e seus afluentes, em caso de rompimento

As indústrias e mineradoras utilizam as barragens para depositar materiais, como água e produtos químicos, que são utilizados no processo de produção

O inquérito foi aberto para evitar acidentes como o que aconteceu em março de 2003 em Cataguases, na mesma regiãoUma barragem se rompeu e espalhou 1,2 bilhão de litros de resíduos tóxicos nos Rios Pomba e Paraíba do SulA poluição atingiu também a região norte e noroeste do Rio de Janeiro, com graves danos ambientais

O MPF solicitou que a Agência Nacional de Águas (ANA), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e a Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) prestem informações sobre procedimentos administrativos instaurados e sobre as medidas adotadas em seu âmbito de atuação para prevenir novos acidentes ambientais naquela bacia hidrográfica.

O em.com.br tentou contato com o procurador que pediu a abertura de inquérito, mas foi informado que ele está de licença médica