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Estado de Minas

Primeira etapa das obras de despoluição da Pampulha termina em novembro, diz Copasa

Intervenções para tratamento do esgoto deveriam ser concluídas em junho


postado em 09/04/2013 19:04 / atualizado em 09/04/2013 19:39

Relatório do Igam mostra que Lagoa da Pampulha nunca esteve mais poluída(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Relatório do Igam mostra que Lagoa da Pampulha nunca esteve mais poluída (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Faltam 429 dias para a Copa do Mundo e o relógio corre contra a promessa feita pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), que garante a Lagoa da Pampulha com um espelho d'água limpo e apropriado para a prática de esportes náuticos e pesca na abertura do mundial. Nesta terça-feira, durante audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa, novo atraso foi confirmado: prevista para junho, a primeira etapa das obras, de responsabilidade da Copasa, será concluída apenas em novembro.


A informação foi confirmada pelo gestor da companhia para a Meta 2014, Valter Vilela Cunha. De acordo com ele, o maior empecilho para a conclusão das obras foi a remoção de 300 famílias em Contagem. Nesta fase é realizado pela Copasa o tratamento e bloqueio do esgoto que é lançado aos oito cursos d'água que abastecem a lagoa.

"Atualmente estamos com 40% das obras concluídas e em novembro pretendemos finalizar, coletando os esgotos de Belo Horizonte e Contagem", afirmou Valter. Na capital mineira, 95% dos resíduos lançados nos cursos d'água já são interceptados e a previsão da Copasa é subir este índice para 97% até o final das obras de despoluição. Já na cidade vizinha, 80% do esgoto é coletado. A meta é subir a taxa para 95%.

Retirada de rejeitos e tratamento das águas

Na última semana foi divulgado um laudo do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) com a constatação dos piores índices de poluição na Lagoa da Pampulha desde 2006. No entanto, mesmo com a perspectiva ruim, a administração municipal reiterou o compromisso em despoluir a lagoa para 2014.

De acordo com o coordenador executivo da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Ricardo de Miranda Aroeira, dentro de 30 a 45 dias serão iniciados os trabalhos para a retirada de 800 mil m³ de rejeitos. A previsão é de que o trabalho dure oito meses.

Em entrevista publicada pelo Estado de Minas no último 03 de abril, o Gerente de Monitoramento Ambiental da PBH, Weber Coutinho, ressaltou que a previsão é iniciar as obras para desassoreamento da lagoa em julho. Em agosto está previsto o início do tratamento das águas. "Vamos lançar o edital em maio e escolher a tecnologia que tiver o melhor custo/benefício. O contrato visa a alcançar, em 10 meses, resultado para a prática de esportes náuticos e pesca", afirmou na ocasião o gerente.

*Com informações da ALMG


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