Entre segunda e terça-feira, uma idosa de Divinópolis e uma mulher de 41 anos de Nova Serrana morreram com suspeita da forma hemorrágicaEm Santa Luzia, uma jovem de 21 anos não resistiu a um quadro de hemorragia e insuficiência respiratória, e, em Contagem, uma jovem de 27 sem histórico de problemas de saúde, segundo a família, foi orientada a fazer o tratamento em casa, mas morreu uma semana depoisOutras duas mortes são analisadas em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri: duas mulheres, de 74 e 62 anosCaso todos esses diagnósticos sejam confirmados, o total de episódios fatais da dengue no estado chegaria a 44O último balanço estadual registrou 165.845 notificações da doença.
A dengue provoca desidratação excessiva no organismo, diante de sintomas como febre alta, diarreia e vômito, que são formas de perda de líquidoA indicação é que, aos primeiros sinais, a pessoa procure um médicoQuem não conseguir repor o que for perdido durante o período de manifestação da doença – entre três e sete dias – com água, sucos, chás ou isotônicos tem risco de complicações e precisa receber soro intravenoso
O infectologista Carlos Alessandro Plá Bento explica que o organismo debilitado entra em um estado de depressão imunológica, em que uma infecção pode se tornar mais agressiva, causando danos que podem levar ao óbitoEle lembra que, no caso da dengue, não é só a hemorragia que mataTanto que, dos diagnósticos confirmados, apenas 10 são por febre hemorrágicaOs outros 28 foram por complicações da doença“Nem sempre a forma grave vai se manifestar por hemorragiaA perda de fluido pode acarretar queda da pressão arterial e um quadro de choque, com morteQualquer pessoa que não conseguir se hidratar bem pode ter complicações que levam à morte”, afirmou o médico do Hospital Eduardo de Menezes.