Mais dois membros da torcida Galoucura, acusados na participação do assassinato brutal do torcedor cruzeirense Otávio Fernandes, 19 anos, em novembro de 2010, vão sentar no banco dos réus. Trata-se do presidente da agremiação Roberto Augusto Pereira, o Bocão, e o vice presidente Willian Tomaz Palumbo, o Ferrugem. A audiência está marcada para as 9h, no II Tribunal do Júri do Fórum Lafayete.
O advogado dos réus, Dino Miraglia Filho, acredita na absolvição dos réus. “Eles são acusados apenas de ter incentivado a briga e, na realidade, temos uma prova nos autos em favor deles. Não existe nenhuma testemunha e nenhum indício que eles tenham incentivado. Nenhuma testemunha falou que eles estavam na confusão”, explica o defensor.
No fim de janeiro, outros seis integrantes da Galoucura foram julgados e dois dele condenados pelo assassinato do cruzeirense. Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, teve pena estabelecida em 17 anos de prisão em regime fechado por homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha. João Paulo Celestino Souza, o Grilo, foi condenado a 15 anos e 10 meses, também em regime fechado, pelos mesmos crimes. Já Cláudio Henrique Sousa Araújo, o Macalé, foi absolvido do crime de homicídio e condenado a 2 anos de prisão em regime aberto por formação de quadrilha. A mesma pena por formação de quadrilha foi dada aos réus Eduardo Douglas Ribeiro de Jesus, Josimar Júnior de Sousa Barros e Windsor Luciano Duarte Serafim.
Otávio foi brutalmente espancado com chutes, socos, pedaços de pau e até cavaletes, na noite de 27 de novembro de 2010. Ele havia acabado de sair do Chevrolet Hall, onde foi promovido um campeonato de MMA. As imagens da agressão foram registradas pelas câmeras de vigilância da casa de shows e do shopping vizinho. Foi com base neste vídeo que o Ministério Público ofereceu à Justiça denúncia contra 12 integrantes da Galoucura. Além de Otávio, que morreu no local, outros três torcedores do Cruzeiro foram agredidos e sofreram ferimentos graves.