A ministra Maria do Rosário pediu celeridade e seriedade na apuração do episódio ocorrido em 12 de marçoA comissão de sindicância formada pela UFMG deve divulgar pelo menos um parecer sobre o trote na semana que vem, mas pode adiar por um mês a conclusão de seus trabalhosMuito aplaudida, ela disse que é necessário repensar os valores que os trotes propagam no Brasil e disse ser preciso dar outro significado a esses ritos de passagem, para que atitudes como a dos estudantes presentes nesse caso não sejam encaradas com normalidade
O deputado federal e ex-ministro dos Direitos Humanos Nilmário Miranda (PT-MG) lembrou a história de um skinhead que divulgou foto na internet tentando enforcar um morador de ruaEle disse que atitudes como essa atentam contra os direitos humanos na cidadeMatéria publicada no EM ontem apontou ligação entre o acusado e um dos estudantes que aparecem em uma foto do trote da UFMG fazendo o gesto de saudação nazista, enquanto um aluno está amarrado a uma pilastra“Isso é crime, e essas pessoas têm que ser punidas”, disse Nilmário
A vice-reitora Rocksane de Carvalho Norton explicou que os trotes já são proibidos e que a universidade lançou a campanha contra eles antes do episódio da Faculdade de Direito, que ocorreu poucos dias depois“Esse trote foi muito emblemático porque tocou em assuntos muito caros na sociedade brasileira”, disse elaO coordenador-geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Jorge Mairink, de 21 anos, afirmou que a entidade repudia todas as atitudes racistas e homofóbicas ocorridas no trote e está atenta para que todos os envolvidos sejam punidos de forma justa.