O delegado Geraldo de Toledo da Divisão de Polícia Especializada da Mulher, Idoso e Deficiente Físico de Belo Horizonte, suspeito de tentar matar a namorada de 17 anos com um tiro na cabeça, se entregou na tarde desta segunda-feira na Corregedoria-Geral, em Belo Horizonte. A Justiça já havia expedido um mandado de prisão temporária para o policial. Ele será encaminhado para a Casa do Policial Civil
A adolescente L.A.S segue internada em estado grave no Hospital João XXIII. De acordo com a assessoria de imprensa da unidade de saúde, ela passa por cirurgia na tarde desta segunda-feira. Ela veio transferida nesta madrugada do Pronto-Socorro de Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais.
A tentativa de homicídio aconteceu na noite de domingo. Após receber dezenas de denúncias anônimas dando conta que um casal estaria brigando na estrada que liga Ouro Preto ao distrito de Lavras Novas, o polciais seguiram até o local. Quando os militares chegaram, não encontraram mais ninguém. Porém, receberam uma chamada via rádio dizendo que a jovem teria levado um tiro na cabeça e dado entrada no hospital da cidade.
Funcionários da unidade de saúde informaram a PM que um homem deixou a adolescente no hospital e informou que ela teria tentado suicídio. Porém, não quis se identificar e saiu sem deixar telefones de contato. A polícia começou as investigações para tentar encontrar com ele. Por meio de imagens das câmeras de segurança de um posto de gasolina, conseguiram flagrar o delegado Geraldo Toledo na companhia da adolescente antes do crime.
As buscas para encontrar o delegado começaram ainda nesta madrugada. Na tarde desta segunda-feira, ele se apresentou, espontaneamente, a Corregedoria-Geral, onde foi ouvido. Em seguida, será encaminhado para a Casa do Policiai Civil. Um mandado de prisão temporária já havia sido expedido contra ele.
A hipótese levantada pelo policial de que a jovem teria tentado suicídio, poderá ser comprovada ou desmentida pelo exame residual que foi feito na vítima.
Antecedente criminal
Em 2011, o delegado Geraldo Toledo, ficou detido uma semana detido na Corregedoria de Polícia Civil, em Belo Horizonte. Toledo já foi delegado de trânsito em Betim e foi preso por suspeitas de envolvimento em uma quadrilha nacional de roubo de caminhões e falsificação de documentos. Ele foi libertado, mas continuou respondendo em liberdade pelo crime. A quadrilha teria movimentado cerca de R$ 2 bilhões no país em esquemas ilegais nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Em relação a esse caso, a Corregedoria informou que ele poderá ser expulso da corporação, como prevê a lei.