A luta da Prefeitura de Belo Horizonte para despoluir a Lagoa da Pampulha continua. Nesta terça-feira, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) apresentou ao prefeito Marcio Lacerda (PSB) como está o andamento das obras de saneamento na capital. Durante o encontro, o presidente da companhia, Ricardo Augusto Simões Campos, garantiu que até dezembro deste ano a lagoa vai deixar de receber o esgoto.
A primeira etapa das obras de despoluição estava prevista para ser finalizada em junho deste ano. Porém, sofreu um atraso devido à remoção de 300 famílias em Contagem, na Grande BH. Nesta fase é realizado pela Copasa o tratamento e bloqueio do esgoto que é lançado aos oito cursos d'água que abastecem a lagoa.
Hoje, 30% do esgoto jogado na lagoa é de Belo Horizonte e 70% de Contagem. As obras são feitas para conter e tratar a água. Um canal será feito pela Copasa e os moradores terão de pagar uma taxa para a residência ser conectada a ele. Essas ligações são chamadas de redes coletoras.
Ao todo, são aproximadamente três mil imóveis que ainda não fizeram a ligação. A maioria das casas ainda utiliza a fossa séptica. “O sistema de rede coletora individual cabe à pessoa colocar. Será uma iniciativa de cada pessoa. Existem ações tanto da Copasa tanto da Prefeitura para ajudar os moradores da baixa renda da região”, explica Ricardo Augusto.
O prefeito Marcio Lacerda acredita que os prazos serão cumprido. “A meta é que a região tenha 100% do esgoto tratado. Estão sendo investidos R$ 30 milhões para a construção das rede coletoras”, afirmou.
Poluição está cada vez pior
Um laudo do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), divulgado pelo Estado de Minas, constatou que os índices de poluição na Lagoa da Pampulha são os piores desde 2006. No entanto, mesmo com a perspectiva ruim, a administração municipal reiterou o compromisso em despoluir a lagoa para 2014.