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Estado de Minas

Câmeras, projetos com a PM e parcerias são ações pela paz nas escolas

são algumas das medidas do estado contra violência. Secretária pede detalhamento de ocorrências por parte da polícia


postado em 18/04/2013 06:00 / atualizado em 18/04/2013 07:09

Oficina de esportes em escola de Conselheiro Lafaiete: iniciativa é parte do projeto Comunidade e Escola juntas pela Paz(foto: SEE/Divulgação)
Oficina de esportes em escola de Conselheiro Lafaiete: iniciativa é parte do projeto Comunidade e Escola juntas pela Paz (foto: SEE/Divulgação)


Tolerância zero contra a violência nas escolas. Para ter a dimensão do problema, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) pediu à de Defesa Social para segmentar os registros policiais. A ideia é detalhar os tipos de ocorrências, deixando claro quais são os casos de agressões e crimes dentro das instituições da rede estadual de ensino. Em paralelo, a secretaria aposta em parcerias com educadores e órgãos públicos para zerar registros policiais dessa natureza. Instalação de câmeras de vigilância, ações conjuntas com a Polícia Militar, capacitação de professores e apoio de autoridades judiciais para a mediação de conflitos são algumas das iniciativas em curso e que poderão ser ampliadas.

Na segunda-feira, o Estado de Minas mostrou números relativos a 29 cidades com mais de 100 mil habitantes do estado. A reportagem cruzou os dados da PM registrados dentro e no entorno de instituições das redes particular, estadual, municipal e federal em 2011, com o número de estudantes de cada município, segundo os dados do Censo Escolar. As escolas de Patos de Minas (Alto Paranaíba) apresentaram a pior taxa, de 267,2 ocorrências para cada grupo de 100 mil estudantes. “Hoje, tudo o que ocorre na escola, seja um ato de indisciplina ou uma palestra de policiais, é registrado no boletim de ocorrência. É preciso separar caso a caso”, diz a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola.

Uma das ações da secretaria no combate à violência é o Fórum de Promoção da Paz Escolar (Forpaz), uma rede em atuação no suporte a diretores e professores de escolas públicas. Por meio de fóruns regionais, 2,5 mil educadores foram qualificados no ano passado. Este ano, os trabalhos começaram em quatro cidades do Norte de Minas (Janaúba, Januária, Montes Claros e Pirapora) e, este mês, terão sequência em Paracatu e Unaí (Noroeste).

A iniciativa aproxima as instituições de ensino do Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Durante as capacitações, que duram uma semana, os representantes de cada órgão e das escolas discutem medidas de prevenção. A mediação de conflito também integra as tarefas do Forpaz, que dá cursos a distância e semipresenciais para ensinar os educadores a gerenciar problemas.

No ano passado, o fórum indicou a compra de 93 viaturas que integram hoje a patrulha escolar, da PM. A secretaria investiu R$ 3 milhões na aquisição. Outros R$ 7 milhões foram usados para a compra de sistemas de vigilância para 532 escolas que pediram o equipamento. De acordo com a secretária de Educação, nos próximos dias cerca de 70 escolas devem receber as câmeras (R$ 1, 1 milhão de investimento). “Não impomos a ninguém. Estamos avisando os diretores e quem quiser pode pedir. Instalaremos este ano tantas câmeras quantas forem pedidas”, diz Ana Lúcia Gazzola.
 
Parcerias

Dentro das escolas, as parcerias podem fazer a diferença, como as promovidas pelo programa Escola Viva, Comunidade Ativa. Presente em 504 escolas em áreas de vulnerabilidade social, o projeto abre as portas das instituições aos fins de semana para atividades recreativas, culturais e sociais, destinadas a alunos e à comunidade em geral. É o caso da Escola Estadual Professora Maria Augusta Noronha, em Conselheiro Lafaiete, Região Central do estado. Os professores de educação física e parceiros oferecem oficinas de esportes, capoeira, dança e outras atividades aos sábados pela manhã. As atividades são parte do projeto Comunidade e Escola juntas pela Paz, desenvolvido desde 2007 na instituição.

O Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), promovido pela Polícia Militar nas escolas, é mais um exemplo de enfrentamento à violência. “Somos educadores, a escola precisa ser a base de uma cultura social mais respeitosa, diversa e tolerante. A escola não é um lugar violento. Ela precisa ser lugar da cultura da paz e irradiar para a sociedade como um todo, por isso é preciso ter tolerância zero”, ressalta Ana Lúcia Gazzola.


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