A comissão executiva responsável pela implementação do projeto Pampulha Patrimônio da Humanidade recebe na manhã desta quinta-feira técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), sediado em Brasília. Eles farão uma visita à orla da lagoa e aos imóveis que compõem o Conjunto Arquitetônico da Pampulha. O objetivo do Iphan é acompanhar as ações que estão sendo realizadas e futuras intervenções já previstas no local para definir o cronograma dos trabalhos a partir de agora. Representantes da Fundação Municipal de Cultura estão acompanhando os técnicos durante a visita, que incluirá o Museu de Arte da Pampulha, a Casa do Baile, o Iate Clube, a Igreja de São Francisco de Assis, a Casa Kubitschek e a Fundação Zoobotânica.
À tarde, a comissão apresenta aos técnicos o diagnóstico sobre a situação atual da região e suas potencialidades. A importância da visita se deve ao fato de que a partir dela será definido o cronograma de início dos trabalhos que pretendem elevar o conjunto a Patrimônio Cultural da Humanidade.
O conjunto arquitetônico e paisagístico da Pampulha, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), completou 70 anos. JK não imaginava que uma obra tão suntuosa pudesse cair no esquecimento. E, por incrível que pareça, quase caiu no ostracismo. A Igreja de São Francisco de Assis, ou Igrejinha da Pampulha, o Museu de Arte (antigo Cassino) da Pampulha, a Casa do Baile e o Iate Tênis Clube, decorados por obras de geniais artistas plásticos, sofreram desgaste e depois de muito esforço e cobranças foram restaurados.
Os cinco jardins do paisagista Burle Marx (1909–1994) estão sendo agora retocados, mais ainda há muito a ser feito, como a despoluição da represa, para que o conjunto, que inclui ainda o Mineirão, o Mineirinho, o Parque Ecológico Promotor Francisco Lins do Rego, o Jardim Zoológico e outras edificações, obtenha da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) o título de Patrimônio da Humanidade, requerido em 1996.