A dengue provocou mais uma morte em Minas Gerais, elevando para 52 o número de óbitos em decorrência da doença neste ano. A vítima é uma mulher de 42 anos que morreu nesse domingo no Hospital Albert Sabin, em Juiz de Fora, na Zona da Mata. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ela foi internada na unidade médica em 15 de abril e no dia seguinte foi realizado exame sorológico, que confirmou a doença.
Na sexta-feira passada, boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) confirmava a morte de 51 pessoas em todo o estado por complicações da dengue. As últimas vítimas também eram mulheres, uma de 30 anos, que faleceu em Muiraé, na Zona da Mata, e a outra de 27, em Contagem, na Grande BH. O órgão informou que em menos de quatro meses houve aumento de 283% nas mortes em relação a todo o ano passado (18 óbitos de janeiro a dezembro de 2012 e 51 de janeiro até 27 de abril). Em 116 dias, os casos confirmados já são 351% a mais do que em 2012. A situação só não é pior do que em 2010, quando houve a maior epidemia, com 194.636 casos confirmados e 106 mortes.
A Zona da Mata, onde ocorreu o último óbito confirmado, tem seis registros (um em Carangola, um em Pirapetinga, três Muriaé, e um Juiz de Fora). Na Região Central, Sete Lagoas tem três óbitos confirmados. No Vale do Rio Doce, Ipanema e Pirapora registraram uma morte cada. No Alto Paranaíba, Campos Altos teve uma morte confirmada e no Centro-Oeste Itaúna teve um registro. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte foram oito registros, sendo três na capital, três em Contagem, um em Pedro Leopoldo e um em Santa Luzia.
Segundo a SES, a Fundação Ezequiel Dias comprovou a transmissão simultânea por diferentes sorotipos da dengue em Minas Gerais desde 2008. Em 2011 foi detectada a reintrodução do sorotipo DEN-4 no Estado. Tais circunstâncias propiciam o aumento da transmissão da doença e a ocorrência de maios número de casos graves. O sorotipo DEN-4, que não circulava em Minas há 30 anos, deixa a população com menos de 30 anos mais suscetível à infecção.
O efetivo combate à doença ainda depende da ação individual de cada cidadão. Segundo a SES, pesquisas recentes apontam que mais de 80% dos focos de Aedes aegypti encontram-se dentro das residências.