Jornal Estado de Minas

PBH inicia testes de medicamentos em fícus na praça da Catedral da Boa Viagem

A utilização do inseticida orgânico óleo de nim foi liberada para a prefeitura pela Anvisa

Funcionários da Secretaria Municipal de Meio Ambiente o medicamento na praça da Catedral da Boa Viagem - Foto: Thiago Ventura/EM/D.A.Press
Começaram nesta quarta-feira os testes dos medicamentos a serem utilizados nos fícus ameaçados por praga em Belo HorizonteO primeiro local em que o óleo de nim foi testado foi nas árvores da praça da Catedral da Boa Viagem, no bairro Funcionários, na região Centro-SulO inseticida orgânico já vinha sendo experimentado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), apresentando alta eficácia no combate à mosca-branca-dos-fícus (Singhiella sp.)No entanto, seu uso ainda esbarrava na liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)


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O óleo de nim, que além de matar insetos funciona como repelente natural, é bastante usado na agricultura, sendo autorizado apenas em ambientes ruraisNos experimentos da SMMA, o produto conseguiu matar 97,5% das ninfas – fase jovem do inseto – e até mesmo moscas adultasOu seja, apenas 2,5% sobreviveramNos testes com um fungo, 9% das ninfas sobreviveram

A proliferação do problema na cidade foi tamanha que no dia 26 de março a prefeitura declarou situação de emergência por causa da infestação da moscaIdentificada inicialmente na Avenida Bernardo Monteiro, no Bairro Santa Efigênia, Região Leste de BH, a mosca-branca-dos-fícus já ameaça quase 250 árvores na cidadeA maior parte se concentra na Bernardo Monteiro, na Avenida Barbacena, no Santo Agostinho, Região Centro-Sul, e no Parque Municipal Lagoa do Nado, na Região Norte
No início do mês, a prefeitura fez a poda radical de 19 exemplares, cujos galhos ameaçavam cair na Avenida BarbacenaA estimativa é de que existam em BH cerca de 12 mil fícus, espécie de grande porte(com informações de Flávia Ayer)