A operação desencadeada nesta quarta-feira pela Polícia Civil de Minas Gerais para prender suspeitos de envolvimento em vários crimes na Região do Vale do Aço – entre eles os assassinatos dos jornalistas Walgney Assis Carvalho, 43 anos, e Rodrigo Neto – terminou com três pessoas presas. Também foram apreendidas cinco armas com os suspeitos, duas espingardas e três revólveres calibre 38. Durante as investigações, seis policiais, um militar e cinco civis, já haviam sido presos anteriormente. A polícia não informou se as pessoas detidas hoje são policiais.
Ao todo, 12 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Desde o inicio do dia, 50 policiais civis iniciaram à procura dos suspeitos. Joaquim Pereira de Souza, 43 anos, preso em Ipatinga, e Ailton Barbosa da Silva, 32, encontrado em Santana do Paraíso. Os dois não terão direito a pagar fiança pois já têm passagens pela polícia. Já Chinaider Ferreira, de 29, foi flagrado com uma arma sem autorização legal. Como é réu primário, poderá pagar fiança e responder o processo em liberdade.
A Polícia Civil investiga pelo menos 23 mortes em Ipatinga e outras cidades do Vale do Aço, inclusive dos jornalistas Rodrigo Neto, de 38 anos, e Walgney Carvalho, de 43. Para o chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DIHPP), delegado Wagner Pinto, responsável pelas investigações, o objetivo da operação era coletar provas do envolvimento de pessoas suspeitas dos crimes. Para ele, foi “uma etapa muito importante para o avanço dos inquéritos”.
Já foram presos por suspeita dos crimes o médico-legista José Rafael Americano, que já deixou a Casa de Custódia da Polícia Civil, os investigadores José Cassiano Ferreira Guarda, Leonardo Correa, Ronaldo de Oliveira Andrade e Gini Cassiano, além do soldado Vitor Emanuel Miranda de Andrade.