O prefeito Marcio Lacerda (PSB) rejeitou ontem a tese de erro de engenharia no episódio que levou à demolição da estação do BRT (transporte rápido por ônibus, na sigla em inglês) na Avenida Cristiano Machado, no Bairro União, Região Nordeste de Belo Horizonte. Lacerda reiterou o argumento de que tratava-se de um “protótipo”.
“Contratamos 94 módulos de uma empresa, ela fez dois protótipos, um deu certo e outro não. Isso está dentro do custo da empreiteira e ela desmanchou”, afirmou, acrescentando ser uma prática “normal na engenharia”. Lacerda admitiu o desperdício, mas negou que o prejuízo seja público. “É desperdício (de dinheiro) e prejuízo da empresa, não será pago com impostos”, disse.
Apesar da afirmação, especialistas afirmam que a demolição reflete falta de planejamento. Além disso, criticam o fato de os testes estarem sendo feitos em via pública. “Engenharia existe para isso. Para projetar e evitar erros”, afirma o chefe do Departamento de Engenharia de Transportes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ronaldo Gouveia. “Não se constrói um equipamento daquela natureza em uma via como a Cristiano Machado para fazer testes.”
Visita
O prefeito visitou ontem também as obras do Programa de Aceleração do Crescimento da Copa 2014. Ele acompanhou o andamento das intervenções do BRT na Avenida Pedro I, na Pampulha, e do Bulevar Arrudas (etapa que liga o eixo viário Leste-Oeste e vai da Rua Carijós, no Hipercentro, até o Bairro Carlos Prates). Lacerda informou que o viaduto da Avenida Tereza Cristina será aberto até o fim da semana que vem.