Entre os 14 crimes ocorridos nos últimos três anos e que são investigados pela força-tarefa da Divisão de Crimes contra a Vida (DCCV) estão os assassinatos do repórter Rodrigo Neto, de 38 anos, executado em março, e o fotógrafo Walgney Assis Carvalho, de 43, morto em abrilAmbos apuravam o envolvimento de policiais civis e militares em homicídios na região.
As investigações, comandadas pelo delegado Wagner Pinto, são mantidas sob sigiloA equipe que atua no caso conta com quatro delegados, 11 agentes e três escrivães, que atuam em conjunto com equipes das corregedorias das polícias Civil e MilitarPromotores de Justiça foram designados pela Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) para acompanhar as investigações
Reestruturação da delegacia de Ipatinga
Diante das denúncias de envolvimento de policiais nos assassinatos cometidos no Vale do Aço, a Polícia Civil promove mudanças no efetivo que atua na Delegacia Regional de Ipatinga.Neste mês, três investigadores foram deslocados do 11º Departamento para reforçar a unidade e mais um delegado deve ser designado para a delegaciaEm abril, o chefe da Polícia Civil em Minas, Cylton Brandão, substituiu o então chefe do Departamento, delegado José Walter da Mota Matos, pelo delegado-corregedor Elder Dângelo, que passou a acumular os cargosNa mesma ocasião a delegada Irene Angélica Franco e Silva Guimarães assumiu a delegacia regional, substituindo Gilberto Simão de Melo
As hipóteses sobre a participação de policiais civis e militares na série de assassinatos começaram a ser levantadas quando o jornalista Rodrigo Neto foi assassinado no Bairro Canaã, em Ipatinga