Jornal Estado de Minas

Carro preto é a primeira pista sobre desaparecimento de menina no Norte de Minas

Luiz Ribeiro
Tatiane Ferrari teve esperança renovada de achar a filha em Rio Pardo de Minas - Foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A Press
A polícia já tem uma pista para aprofundar as investigações sobre o paradeiro da menina Emilly Ketlen Ferrari, de 7 anos, desaparecida em Rio Pardo de Minas, no Norte do estado desde o dia 4: um carro preto teria sido visto perto da casa de Emilly momentos antes do sumiço da criançaO delegado Luiz Cláudio do Nascimento, que apura o caso, disse que a garota desapareceu em um intervalo de apenas sete minutos, o que reforça a possibilidade de rapto.


Segundo ele, um tio da garota contou que viu a menina às 17h10 do sábado na porta da casa da família, na chamada Cidade Alta de Rio PardoUma vizinha afirmou que chegou ao local às 17h17, quando a criança já tinha sumido“Diante dessas informações, tenho certeza de que a menina foi levada por alguém no intervalo de sete minutos”, assegurou o policial

Ele salienta que, como em Rio Pardo não há sistemas de filmagem em ruas e lojas e ninguém presenciou o momento em que Emilly desapareceu, a polícia teve de começar as investigações do zero e nenhuma hipótese pode ser descartada para o caso“Mas tudo indica que foi coisa planejada e premeditada”, assegurou o delegadoEle considera como uma pista importante a informação de uma testemunha de que um carro preto com vidros escuros foi visto na cidade na mesma hora que Emilly desapareceuContudo, a testemunha não anotou a placa do carro e alegou não ter visto a fisionomia do motorista, o que dificulta as investigações

“Com certeza, foi alguém que passou e pegou a minha filha”, afirmou ontem a esteticista Tatiany Ferreira Viana, de 29 anosOntem, ela voltou a ser ouvida na delegacia com outros parentes e vizinhosA polícia investiga a possibilidade do desaparecimento de Emilly estar relacionado com vingança por desavenças familiares



O sumiço de Emilly – que, de acordo com a família, é hiperativa e sofre de um problema de formação congênita (agenesia de corpo caloso) – alterou a rotina de Rio Pardo, cidade de 30 mil habitantes, a 681 quilômetros de Belo HorizonteToda população se mobilizou para tentar encontrar a garota, sendo afixados cartazes com a foto dela e telefones da família em lojas, restaurantes, lanchonetes, postos de gasolina e agência bancáriaTambém foi iniciada uma campanha pelas redes sociais na internet.