A Polícia Civil indiciou o piloto Felipe Ramos Morais por atentando contra a segurança de transporte aéreo. O homem foi preso em 4 de abril depois de pousar um helicóptero, que estava impedido de voar e tinha sido apreendido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em fevereiro deste ano, na Praça Central do Brasil, em Curvelo, Região Central de Minas Gerais. No local acontecia um evento de motociclistas.
De acordo com o delegado responsável pelas investigações, André Pelli, o inquérito foi encerrado na última sexta-feira. “Já enviamos para a Justiça e também deixamos a aeronave a disposição do juiz e da Anac”, explica. O helicóptero está recolhido em um pátio terceirizado da cidade. De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o piloto segue preso no Presídio de Curvelo. Foi arbitrada uma fiança de R$ 50 mil, mas que não foi paga até a tarde desta terça-feira.
Morais já estava sendo procurado pela Anac depois que retirou irregularmente a aeronave, prefixo PR-HDA, de um pátio em Santa Fé do Sul, em São Paulo. Segundo as investigações, ele teria pedido a funcionários para pegar alguns objetos dentro do helicóptero e, quando entrou, ligou a aeronave e fugiu. Algumas pessoas tentaram correr para impedir, mas não conseguiram. A aeronave estava retida pela Anac desde 24 de fevereiro por estar com a inspeção anual de manutenção vencida e o Certificado de Aeronavegabilidade cancelado.
Após a fuga, a Anac enviou um documento para o delegado André Pelli informando que o suspeito poderia participar da Motoshow que aconteceu em 4 de abril em Curvelo. Os policiais monitoraram o aeroporto da cidade para tentar prendê-lo. Porém, quando estavam no terminal, o homem pousou o helicóptero em uma praça. No local, foi preso enquanto oferecia voos panorâmicos para os participantes.
Na delegacia, Morais informou que saiu de Sete Lagoas e foi até Curvelo. Também confessou que sabia da documentação atrasada e que estava providenciando a renovação.