Jornal Estado de Minas

Obras do Teatro Francisco Nunes começam nesta quinta-feira

O prédio vai ganhar cadeiras novas, cozinha e área para exposições

Gustavo Werneck

- Foto: Fundacao Municipal de Cultura/divulgação

Primeiro ato de uma obra esperada há quatro anos pelos belo-horizontinos e amantes das artes cênicasEntram em cena hoje os serviços de restauro e modernização do Teatro Francisco Nunes, para transformá-lo até janeiro em um dos mais modernos palcos de MinasSegundo a Fundação Municipal de Cultura (FMC), o trabalho será feito em parceria com a Unimed BH, por meio do Programa Adote um Bem Cultural, da Prefeitura de Belo HorizonteO teatro terá novas cadeiras, ar-condicionado e tratamento acústico


O projeto contempla a reforma da caixa cênica, sistemas de som e iluminação, sala de aquecimento para artistas e camarins, bilheteria, banheiros, lanchonete e cozinhaO foyer terá pé-direito duplo, com única entrada central e espaço para exposiçõesO jardim lateral será revitalizado tambémPara muitos atores e diretores, o fechamento da casa, localizada no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro de BH, foi um “drama” sem precedentes na vida cultural da capital

Chamado inicialmente de Teatro de Emergência, o Chico Nunes, como é mais conhecido, foi inaugurado em 1950 pelo prefeito Otacílio Negrão de LimaA cidade era carente de teatrosO antigo Teatro Municipal havia se transformado no Cine Metrópole, demolido em 1983, e o Palácio das Artes estava em construção

O nome do teatro é uma homenagem ao grande clarinetista e maestro mineiro Francisco Nunes (1875-1934), que criou a Sociedade de Concertos Sinfônicos de BH e dirigiu o Conservatório Mineiro de Música

A inauguração do Francisco Nunes incluiu BH no calendário cultural dos grandes artistas e das companhias teatrais do Brasil e exterior, recebendo orquestras, temporadas líricas, shows da música popular brasileira, festivais universitários, danças e espetáculos teatraisO espaço abrigou também o nascimento do moderno teatro mineiro em suas mais variadas tendências, como os trabalhos de João Ceschiatti, João Etienne Filho, Jota Dangelo e Haydée Bittencourt.

Em 1980, a casa foi reconstruída e modernizada, mantendo de original apenas a fachadaRecebeu desde então variados espetáculos e eventos, como o Festival Internacional de Teatro Palco & Rua (FIT-BH), Fórum Internacional de Dança (FID), Festival de Arte Negra (FAN), Verão de Arte Contemporânea e Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, entre outros.