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Estado de Minas

Filho de argentina morta em BH deixa hospital após três meses internado

Mateus Santiago deixou o hospital nos braços da avó Sílvia Perotti. Ele estava internado desde fevereiro deste ano quando a mãe foi morta. O principal suspeito do crime continua solto


postado em 17/05/2013 20:27

O garoto Mateus Santiago, filho da empresária argentina Maria Silvina Valéria Perotti, de 33 anos, morta com dois tiros no Bairro Calafate, Região Oeste de BH, em fevereiro deste ano, deixou o Hospital Júlia Kubitschek nesta sexta-feira. A criança ficou internada por três meses e sete dias na UTI neonatal da unidade de saúde. O principal suspeito do crime é o pai do menino, José Antônio Mendes de Jesus, de 32, que foi solto dois dias depois de ser preso, por ordem da Justiça.

Mateus deixou o hospital nos braços da avó Sílvia Perotti, que acredita que o neto corre risco com o pai solto. "Tenho medo que ele faça alguma coisa", disse a mulher, que está morando em Belo Horizonte e não tem previsão de retornar ao seu país de origem. O neto vai continuar tendo acompanhamento médico pois tem hidrocefalia em função de uma hemorragia que sofreu e pode ser submetido a uma cirurgia.

O médico que acompanhou o bebê no hospital, Bruno Morais Damião, disse que o garoto está bem e tem condições de ir para casa. "Ele evoluiu muito bem diante de tantos problemas que teve no início da sua vida. A sorte foi ele ter nascido no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. A equipe médica agiu muito rápido", disse Bruno.

O crime

Para a polícia, José Antônio disse que ele e a mulher estavam a caminho do supermercado e o Gol que ele dirigia foi fechado por dois homens numa moto. Segundo ele, Valéria foi baleada e jogada para fora do carro e um dos ladrões teria seguido com ele no carro, acompanhado de um segundo assaltante de moto. José Antônio sustenta que foi abandonado com o veículo na BR-040, em Contagem, Grande BH, e chamou a polícia.

Duas testemunhas disseram à Polícia Militar que havia duas pessoas no carro quando Valéria foi baleada e jogada na rua. Uma delas garantiu ter visto José Antônio pegar a arma na parte traseira do carro. Outra testemunha disse que o suspeito pegou Valéria pelo pescoço, encostou a arma no queixo dela, disparou dois tiros e fugiu.

A delegada responsável pelo caso, Elenice Ferreira, disse que as investigações continuam. Ela está sendo promovida para a Superintendência de Inteligência da Polícia Civil e outro delegado vai assumir a presidência do inquérito.


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