Os servidores municipais de Belo Horizonte podem terminar a greve que já dura 22 dias. Em encontro nesta quarta-feira, a Prefeitura propôs um adiantamento de reajuste de 6,2% em duas parcelas que seriam pagas em outubro e novembro. A proposta agradou o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindbel), que admite que a paralisação pode ser encerrada nesta quinta-feira, em assembleia realizada na Praça das Estação. Porém, para que isso ocorra, a PBH terá de reaver o corte de cinco dias de trabalho dos servidores que aderiram ao movimento.
Na reunião realizada nesta manhã, a PBH manteve a proposta de reajuste de 6,2%. Só que desta vez, adiantou o pagamento que seria apenas em janeiro de 2014. A primeira parcela, de 2%, seria lançada em outubro e a segunda, de 4,2%, em novembro. “Reconhecemos que houve um avanço. Qualquer índice de reajuste que viesse para o ano de 2013 seria viável, pois, à princípio, a Prefeitura queria que viria apenas em 2014”, explica o secretario-geral do Sindbel, Israel Arimar de Moura.
Com a nova proposta, a categoria pode terminar a greve nesta quinta-feira, quando vai haver uma assembleia às 9h na Praça da Estação, no Centro de BH. Mas, para que isso ocorra, a prefeitura deverá reaver o corte de cinco dias de trabalhos dos servidores que aderiram ao movimento. “Tem a possibilidade de ser aceito na assembleia. Mas, a questão inegociável é que haja a reposição desses dias. Se houver o corte, a greve não vai acabar”, afirma Moura.
De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, além do adiantamento do reajuste salarial, foi proposto aumento de 13,33% do vale-refeição a partir de dezembro. Abono de R$ 200,00 para cerca de 25 mil servidores com pagamento em parcela única; Antecipação do reajuste para agosto deste ano caso a receita da Prefeitura (ROT); Implantação do Plano de Carreira dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e dos Agentes de Combate a Endemias (ACE) a partir de julho deste ano; e Pagamento mensal, a partir de novembro deste ano, do prêmio pró-família, no valor de R$ 275,00 para os Agentes Comunitários de Saúde e de R$ 183,00 para os Agentes de Combate a Endemias.
Em paralisação, os servidores fazem, quase que diariamente, manifestações no Centro da capital. Mesmo cumprindo uma determinação judicial que impede a categoria de fechar ruas e avenidas de BH, o trânsito sempre é impactado durante os protestos. Nos postos de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) os atendimentos estão sendo feitos em escala mínima.