Apesar de a campanha pública de vacinação contra a gripe ter sido prorrogada até o dia 31 pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, pessoas que tentam se imunizar na capital enfrentam problemas tanto na rede pública quanto na particular
No Bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul da capital, o estoque do Hospital Mater Dei acabou há cerca de 15 dias“Compramos uma quantidade duas vezes maior do que a aplicada entre abril e junho de 2012, meses que antecedem o invernoMas, neste ano, a procura do público está sendo muito maior”, explica a médica responsável pelo laboratório da instituição, Flávia MassoteAntes de as doses se esgotarem, o hospital começou a pedir novas remessas“Nenhum fabricante tinha mais para venderNão sabemos quando voltaremos a fazer esse tipo de atendimento”, afirmaO provável é que o produto só esteja disponível novamente em 2014“As vacinas devem ser aplicadas no outono
Nas seis unidades de atendimento da Vacsim em BH, as últimas doses, vendidas por R$ 68 cada uma, foram consumidas ontemE há poucas chances de que a empresa reponha o produto ainda neste anoA justificativa é a mesma: os fabricantes não conseguem suprir a demanda“A procura pelo medicamento vem sendo maior do que no ano passadoCompramos 8 mil doses e não temos como comprar mais, por causa da falta de ofertaOs laboratórios não têm produção compatível com o atual mercado consumidor no Brasil e no mundo”, constata a diretora médica da Vacsim, Paula Fernandes Távora“Recebemos cerca de 30 telefonemas por dia, mas não há previsão de compra”, diz.
No Laboratório Hermes Pardini, ontem não havia doses da vacina convencional, que são vendidas a R$ 75 cada e podem ser aplicadas em qualquer paciente a partir dos 6 meses de idadeA empresa informa que um novo lote do produto já foi recebido e deve começar a ser oferecido ao público no sábadoAté lá, só será possível consumir a vacina intradérmica, que tem o mesmo princípio ativo do tipo mais comum e a vantagem de ser aplicada sem uso de agulha, mas é mais cara (custa R$ 80) e destina-se apenas a pessoas de 18 a 65 anos, o que exclui um dos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde, composto por crianças de 6 meses a 2 anos
Em BH, há ao menos duas instituições particulares que ainda têm a vacina contra a gripe