Os servidores municipais de Belo Horizonte suspenderam a greve e voltam a trabalhar na sexta-feira. Os trabalhadores aprovaram em assembleia na manhã de hoje, na Praça da Estação, a proposta da prefeitura com aumento de 6,2% sobre o vencimento-base – pago em outubro (2%) e em novembro (4,2%). De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindbel), ficou combinado informalmente com a PBH que os dias parados os servidores não serão descontados e haverá uma reposição. O possível corte desses dias da paralisação era um dos entraves do acordo entre a prefeitura e servidores.
A categoria reivindicou durante a greve um reajuste salarial de 22% e aumento no vale-refeição . Além dos 6,2% propostos ainda em 2013, a prefeitura ofereceu reajuste de 13,33% do vale-refeição a partir de dezembro. O tíquete passará de R$ 15 para R$ 17. A proposta prevê ainda pagamento de abono de R$ 200 para cerca de 25 mil servidores, feito em parcela única, e antecipação do reajuste de 6,2% para agosto, caso a receita da prefeitura alcance R$ 5,281 bilhões, valor aprovado pela Câmara Municipal na previsão orçamentária.
No dia 16 de maio marcaram as comemorações dos 70 anos da Pampulha, um dos cartões-postais de BH. Estava prevista a apresentação de projetos de revitalização na região, visando o reconhecimento como Patrimônio Mundial, título concedido pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Porém, os gritos dos manifestantes, que reivindicam melhorias nas condições de trabalho e reajuste salarial de 22%, interromperam o evento. Nem mesmo o governador Antonio Anastasia (PSDB) e o prefeito Marcio Lacerda (PSB) foram ao local.