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Estado de Minas

Caixinha facilita esquema de manobristas contra a Lei Seca


postado em 25/05/2013 06:00 / atualizado em 25/05/2013 07:09

A Associação de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG) reconhece que existem manobristas burlando a Lei Seca, e por isso diz ter orientado os donos dos estabelecimentos para que deixem claro aos serviços terceirizados que ajudar motoristas embriagados a fugir das blitzes pode causar problemas.

Segundo o presidente da Abrasel/MG, Fernando Júnior, é preciso estabelecer, no entanto, a responsabilidade de cada um. “Eu já tinha ouvido falar que alguns manobristas atravessam a blitz. Acho errado. Não tem contestação. Eu mesmo já pedi ao serviço terceirizado que atua nos meus restaurantes que oriente os funcionários. Por outro lado, é complicado controlar essa caixinha ou uma oferta de R$ 40, R$ 50 para deixar o carro mais à frente. Todo mundo sabe que a lei precisa ser cumprida”, diz.

Ele considera polêmica a possibilidade de aplicar o artigo 310 do Código de Trânsito aos casos de manobristas que apenas retiram o carro do estacionamento e devolvem as chaves a motoristas embriagados que contratam esse serviço.

“Nesse caso, é fora de propósito. Qual é a função de cada um? Isso precisa estar muito claro. O manobrista não tem como saber se o cliente está embriagado, até porque tem gente que bebe vinho, uísque e nem parece que bebeu”, avalia. “É claro que há bom senso, mas imagine dizer para um motorista que passou dos limites que não vai devolver o carro dele? O motorista, esse sim, tem responsabilidade.”

Para o subsecretário de Integração do Sistema de Defesa Social, Daniel de Oliveira Marlad, é uma questão a ser discutida, inclusive na Justiça. “Acho possível que esses casos sejam considerados crime, mas por enquanto só estamos monitorando e orientando os serviços terceirizados, porque trata-se de uma posse muito precária”, observa.

Segundo ele, por outro lado, quem for flagrado agindo de má-fé pode ser submetido a um termo circunstanciado de ocorrência (TCO). Caso o manobrista se recuse a assinar, a situação pode ser levada ao Ministério Público, que avalia se vai denunciar.


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