Jornal Estado de Minas

Marcha das Vadias reúne centenas de pessoas no Centro de Belo Horizonte

Grupo saiu em passeata da Praça Rio Branco em direção à Praça da Estação. Respeito à mulher é a principal bandeira dos ativistas

Cristiane Silva Iana Coimbra
Manifestantes levaram cartazes contra o machismo e a violência contra a mulher - Foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press


Na luta pelo respeito às mulheres e a liberdade para do próprio corpo, cerca de 400 pessoas protestaram no Centro de Belo Horizonte em mais uma edição da Marcha das Vadias, que aconteceu neste sábado.

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A concentração começou na Praça Rio Branco, em frente à rodoviária da capitalAs ativistas usaram roupas curtas e algumas deixaram os seios descobertos para para contestar o machismoNa marcha, o próprio corpo é usado como meio de vincular o protesto, com dizeres escritos a tintaNesta edição, muitos homens aderiram ao movimento, defendendo que é preciso aprender a respeitar as mulheresDa Praça Rio Branco, o grupo seguiu em passeata, cantando e dançando, pela Rua Guaicurus até chegar à Praça da Estação

Adriana Torres, uma das organizadoras da Marcha das Vadias, levou o filho, ainda bebê, ao protesto“Nós crescemos com os nossos pais dizendo para não usar roupa curtaEu quero que meu filho aprenda a não estuprar, respeitar as mulheres e considerar as diferenças”, afirma

A Marcha das Vadias teve início em 2011 na cidade de Toronto, no Canadá, organizada por estudantes da universidade localA iniciativa se deu após uma declaração de um policial em uma palestra na instituiçãoNa ocasião, ele disse que se as mulheres se vestissem como “vadias” poderiam estimular o estúpro.