A Corregedoria da Polícia Civil promete concluir o inquérito sobre a suposta tentativa de assassinato da menor A. L. S., de 17 anos, até a próxima semana. O principal acusado é o delegado Geraldo do Amaral Toledo Neto, com quem ela se relacionava desde os 14 anos, segundo a família. Ontem, em mais uma audiência da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia a ausência o delegado criou um mal estar entre o Legislativo e a Justiça. O delegado foi impedido de comparecer pela juíza Lúcia de Fátima Magalhães Albuquerque Silva, de Ouro Preto, sob alegação de que o caso não é de competência da comissão. Em represália, o bloco de deputados do PT, PMDB e PRB prometeu não votar os cinco projetos do Judiciário que tramitam na casa até o dia 17, quando foi marcada nova audiência. Entre os projetos estão a criação de um fundo para a construção de novos fóruns em Minas.
A adolescente foi baleada na cabeça em 14 de abril na estrada entre Ouro Preto e Lavras Novas. Ela estava no carro do policial e ele afirma que a adolescente tentou se matar. Segundo o delegado, ela estava deprimida e nutria por ele um amor platônico.
`No fim de março, ela registrou ocorrência na Delegacia de Proteção à Infância e ao Adolescente, acusando o delegado de agressão. Toledo foi indiciado por lesão corporal e a Justiça determinou que ele não poderia mais se aproximar da jovem. Ele alega que não havia sido citado quando foi encontrá-la. Após a agressão, a adolescente voltou a morar com a mãe, em Conselheiro Lafaiete.