O caso da cadela Tica, baleada na cabeça ao botar para correr dois assaltantes que invadiram a casa de seus donos, no Bairro Salgado Filho, Região Oeste de Belo Horizonte, é uma mostra de que os animais também ficam vulneráveis em situações de violência. Como a da mestiça de rottweiler, de 5 anos e 38 quilos, a valentia e a fidelidade dos cães já colocaram em risco outros dois animais este ano, atendidos na Clínica Veterinária São Francisco de Assis, onde a cachorra se recupera.
Tica enfrentou quase uma hora e meia de cirurgia. Foi entubada, fez três raios X e teve o sistema cardiorrespiratório monitorado o tempo todo. Segundo o especialista, ela ainda está com dores, mas ontem, logo depois que passou a sedação, comeu um potinho cheio de ração seca e caminhou no pátio da clínica acompanhada pelo olhar atento e carinhoso de sua dona, a securitária Letícia Bezerra, de 40 anos.
Segundo o veterinário, a cadela chegou numa maca improvisada com lençol, sangrando muito, e agora está assustada. Ela se recupera num canil e rosna quando alguém se aproxima, escondendo o focinho machucado. Tica está em observação e deve ter alta hoje. “O sistema neurológico parece estar bem, mas como ela aspirou um pouco de sangue, pode ser que desenvolva pneumonia aspiratória. Precisaremos acompanhá-la.”
Em defesa das crianças
Há seis anos, a vira-latas Jure protegeu a família da aposentada Terezinha Braga Abreu, de 82 anos. Moradora do Bairro São José, na Região da Pampulha, na capital, ela conta que um bandido armado pulou no quintal da casa, fugindo da polícia. “As minhas netas pequenas estavam no portão, indo para a escola. O homem estava muito nervoso e apontava a arma para as crianças. A Jure saiu do quartinho que a gente tinha construído para ela e avançou na perna dele. Ele deu dois tiros nas patas dela, mas saiu sangrando porque ela conseguiu mordê-lo. Se não fosse a coragem dela, o bandido poderia ter machucado alguém aqui em casa.”
Dona Terezinha diz que a cadela passou por cirurgia e sobreviveu. “Ficou só com uma pequena deficiência, mancando um pouco, mas cuidamos dela com muito amor até que ela morreu, há dois anos.”
Protetora de animais há 40 anos, Maria Irene de Melo Neves lembra de uma outra história curiosa de animais que protegem os donos: a de uma maritaca, criada solta na casa de uma idosa no Bairro Serra, na Região Centro-Sul de BH. “A dona chegou um dia à tarde e reparou que a maritaca estava inquieta, gritando muito. Ela voava de um jeito que não era normal e apontava com a cabeça para cima. Quando olhou pela janela, a dona da casa percebeu dois homens armados no telhado e correu para a rua, para chamar a polícia”, conta Maria Irene, que pretende reunir histórias de sensibilidade e proteção em um livro.
Repercussão
Leitores comentam no em.com.br
Bonita história de uma amiga fiel e valente. Parabéns à Tica e à inteligência da empregada. Enquanto muitos maltratam, outros cuidam como membro da família.
Joaquim Souza
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É isto mesmo: quanto mais conheço gente, mais gosto dos meus cachorros. Tica, você vale muito, sare logo.
Iara de Vasconcelos Pires
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Força pra que ela se recupere logo e possa retomar a vigilância do lar dessa família. Tenho certeza de que será recebida com todo carinho.
Adilson Antunes
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A cachorrinha foi protegida por São Francisco de Assis e agora está em boas mãos. Parabéns aos profissionais dessa clinica abençoada e que a Tica se recupere logo.
Miriam Chaves
Um dos animais foi vítima de chumbinho e outro, cão de guarda num sítio do distrito de Ravena, em Sabará, também foi baleado quando bandidos tentaram invadir a casa da família. Há dois anos, lembra o médico-veterinário Alexandre Nagem, que operou Tica, o cachorro de um bandido acabou atingido por um tiro durante uma operação policial em Ouro Preto. O dono, arrasado, contratou um veterinário da cidade pagando em dinheiro para que ele socorresse o animal e o trouxesse à capital.
Tica enfrentou quase uma hora e meia de cirurgia. Foi entubada, fez três raios X e teve o sistema cardiorrespiratório monitorado o tempo todo. Segundo o especialista, ela ainda está com dores, mas ontem, logo depois que passou a sedação, comeu um potinho cheio de ração seca e caminhou no pátio da clínica acompanhada pelo olhar atento e carinhoso de sua dona, a securitária Letícia Bezerra, de 40 anos.
Segundo o veterinário, a cadela chegou numa maca improvisada com lençol, sangrando muito, e agora está assustada. Ela se recupera num canil e rosna quando alguém se aproxima, escondendo o focinho machucado. Tica está em observação e deve ter alta hoje. “O sistema neurológico parece estar bem, mas como ela aspirou um pouco de sangue, pode ser que desenvolva pneumonia aspiratória. Precisaremos acompanhá-la.”
Em defesa das crianças
Há seis anos, a vira-latas Jure protegeu a família da aposentada Terezinha Braga Abreu, de 82 anos. Moradora do Bairro São José, na Região da Pampulha, na capital, ela conta que um bandido armado pulou no quintal da casa, fugindo da polícia. “As minhas netas pequenas estavam no portão, indo para a escola. O homem estava muito nervoso e apontava a arma para as crianças. A Jure saiu do quartinho que a gente tinha construído para ela e avançou na perna dele. Ele deu dois tiros nas patas dela, mas saiu sangrando porque ela conseguiu mordê-lo. Se não fosse a coragem dela, o bandido poderia ter machucado alguém aqui em casa.”
Dona Terezinha diz que a cadela passou por cirurgia e sobreviveu. “Ficou só com uma pequena deficiência, mancando um pouco, mas cuidamos dela com muito amor até que ela morreu, há dois anos.”
Protetora de animais há 40 anos, Maria Irene de Melo Neves lembra de uma outra história curiosa de animais que protegem os donos: a de uma maritaca, criada solta na casa de uma idosa no Bairro Serra, na Região Centro-Sul de BH. “A dona chegou um dia à tarde e reparou que a maritaca estava inquieta, gritando muito. Ela voava de um jeito que não era normal e apontava com a cabeça para cima. Quando olhou pela janela, a dona da casa percebeu dois homens armados no telhado e correu para a rua, para chamar a polícia”, conta Maria Irene, que pretende reunir histórias de sensibilidade e proteção em um livro.
Memória
Mortos em
serviço
Em maio de 2011, dois cães pastores da PM, baleados em serviço, foram sepultados com honras militares. Lyon e Dox, da 1ª Companhia de Missões Especiais, de Contagem, participavam de operação em Ribeirão das Neves, quando foram atingidos por bandidos em fuga. Os cães entraram para a corporação ainda filhotes e eram treinados para proteger a vida dos policiais, sendo considerados oficiais.
Mortos em
serviço
Em maio de 2011, dois cães pastores da PM, baleados em serviço, foram sepultados com honras militares. Lyon e Dox, da 1ª Companhia de Missões Especiais, de Contagem, participavam de operação em Ribeirão das Neves, quando foram atingidos por bandidos em fuga. Os cães entraram para a corporação ainda filhotes e eram treinados para proteger a vida dos policiais, sendo considerados oficiais.
Repercussão
Leitores comentam no em.com.br
Bonita história de uma amiga fiel e valente. Parabéns à Tica e à inteligência da empregada. Enquanto muitos maltratam, outros cuidam como membro da família.
Joaquim Souza
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É isto mesmo: quanto mais conheço gente, mais gosto dos meus cachorros. Tica, você vale muito, sare logo.
Iara de Vasconcelos Pires
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Força pra que ela se recupere logo e possa retomar a vigilância do lar dessa família. Tenho certeza de que será recebida com todo carinho.
Adilson Antunes
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A cachorrinha foi protegida por São Francisco de Assis e agora está em boas mãos. Parabéns aos profissionais dessa clinica abençoada e que a Tica se recupere logo.
Miriam Chaves