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Estado de Minas

Carrefour vai remover caixas eletrônicos de 17 estabelecimentos de BH

Decisão ocorre depois de mais uma explosão de terminal em uma loja da rede


postado em 03/06/2013 06:00 / atualizado em 03/06/2013 07:18

Além de destruir o caixa eletrônico, o ataque de ontem danificou o teto do supermercado na Pampulha(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Além de destruir o caixa eletrônico, o ataque de ontem danificou o teto do supermercado na Pampulha (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)


A rede Carrefour de supermercados decidiu retirar todos os caixas eletrônicos de suas 17 lojas de bairro localizadas em Belo Horizonte e Lagoa Santa, na região metropolitana. A medida, definida pelo Departamento de Prevenção de Riscos do grupo, em São Paulo, foi motivada pelos constantes casos de explosão dos terminais, o que traz prejuízo às unidades e alterações no funcionamento, segundo representantes do Carrefour. O último ataque a um caixa eletrônico em uma das lojas do grupo ocorreu na madrugada de ontem, quando quatro homens estouraram um caixa eletrônico do Banco do Brasil no supermercado da Rua Ipê Branco, no Bairro São Luiz, Região da Pampulha. Além de terminais do Banco do Brasil, as lojas contam ainda com equipamentos do Bradesco, que também serão removidos. A decisão, por enquanto, não atinge os cinco hipermercados da rede na Grande BH.

De acordo com a Polícia Militar, um vigilante estava no supermercado na hora em que os bandidos chegaram. “Percebendo a movimentação, o funcionário se dirigiu para o interior da loja e chamou a polícia. Em seguida, ouviu-se o barulho da explosão. Ele contou que um dos quatro homens estava armado”, informou o cabo Alexandre Foureaux, da 17ª Cia, ligada ao 34º BPM. Ainda segundo os relatos do vigia à polícia, a ação foi muito rápida. Minutos depois, o funcionário retornou para a parte da frente da loja e os homens já haviam fugido. Segundo o vigia, os assaltantes estavam em um veículo de cor escura, cujo modelo ele não conseguiu identificar.

Por causa da explosão, parte do teto na frente da loja e a porta de vidro da entrada foram danificadas. O incidente alterou o horário de abertura da loja, que habitualmente começa as atividades às 8h, e ontem só foi aberta após as 10h. Quem chegava para fazer compras era informado sobre o problema, enquanto funcionários trabalhavam na limpeza do local. Todo o dinheiro que havia ficado nos caixas do supermercado foi conferido por trabalhadores da loja para verificar se alguma quantia havia sido levada. A contagem foi acompanhada por policiais militares.

O Carrefour é mais um grupo de empresas que decide retirar as máquinas de autoatendimento por motivos de segurança. No ano passado, quando houve um aumento expressivo no número de explosões e arrombamentos, com 154 ataques em apenas cinco meses, pelo menos 125 caixas eletrônicos foram desativados de supermercados, postos de gasolina e farmácias, principalmente na capital. A rede de supermercados BH, por exemplo, retirou 97 máquinas de suas lojas, depois que foi alvo de bandidos em duas unidades. Para minimizar o risco aos clientes e funcionários e evitar prejuízos, as unidades do Super Nosso também cancelaram o serviço de bancos, desligando 12 caixas eletrônicos na capital.

CRIMINOSOS DE FORA Com o aumento da vigilância em Belo Horizonte, as quadrilhas passaram a atacar os bancos no interior. A polícia chegou a identificar criminosos de São Paulo e Goiás agindo no Triângulo Mineiro e no Sul de Minas. No primeiro trimestre deste ano, foram 95 ocorrênciasna capital. Até abril, 29 ataques foram registrados no interior  – 16 a mais que no mesmo período de 2012, o que representa aumento de 123%.

A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) criou uma força-tarefa para combater este tipo de crime e discutiu medidas de segurança com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A Seds aumentou a vigilância nos presídios do Triângulo e Região Central de Minas, de onde partem, segundo o serviço de inteligência da polícia, as ordens para os ataques, mas até agora as medidas adotadas não surtiram efeito.

Por meio de nota, o Carrefour informou que, além de ter chamado a Polícia Militar para registrar o ataque de ontem, está à inteira disposição das autoridades para colaborar com o esclarecimento do caso.


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