Enquanto Nova Lima comemora, moradores e ambientalistas de Brumadinho, na Grande BH, lutam para reverter a decisão do prefeito Antônio Brandão (PSDB), que revogou o Decreto 059/2013, que ampliava a área do Monumento Natural Mãe d’ÁguaO documento protegia 500 hectares e 31 nascentes da Serrinha, que integra a Serra da Moeda, e havia sido assinado em março durante evento que reuniu milhares de pessoas sobre a cordilheira em um abraço simbólicoOrganizações que lutam pela proteção da serra já acionaram o Ministério Público estadual e prometem não medir esforços para manter a área conservada.
“Foi um baqueDepois de termos a felicidade de conseguir proteção em áreas de Nova Lima, vem essa revogação sem que a população tenha sido consultada”, lamenta a coordenadora da Associação para a Recuperação e Conservação Ambiental em Defesa da Serra da Calçada (Arca Amaserra), Simone BottrelA ONG Abrace a Serra da Moeda também repudiou a anulação do decretoEm texto no blog da organização, o movimento afirma que com a revogação a área protegida diminuiu significativamente e possibilita o rebaixamento do lençol freático por atividades de mineração no entorno da unidade, o que pode comprometer as nascentes“É ilegal e inconstitucional porque a redução de limites de unidade de proteção somente pode ser feita por lei específica, mesmo que o ato que a criou seja um decreto”, afirma a assessoria jurídica da ONG.
Em nota, a Prefeitura de Brumadinho nega que o lençol freático possa ser afetado com a revogação do decretoA administração municipal alega que o documento foi anulado por inconsistência técnica e que “inadvertidamente, a poligonal que define o Monumento Mãe d’Água invadiu os municípios de Moeda, Itabirito e Nova Lima