O jogador Wanderson de Paula Sabino, conhecido como Somália, que jogou no América, foi vítima de saidinha de banco na tarde desta quarta-feira em Belo Horizonte. O atleta sacou R$ 10 mil em uma agência do Bradesco dentro do Shopping Del Rey e entrou em um táxi. Ele foi seguido por dois homens e uma moto que o renderam e levaram todo o dinheiro no Bairro Monsenhor Messias, Região Noroeste de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Militar (PM), os criminosos teriam monitorado a vítima desde a última semana.
De acordo com a PM, o jogador, que atualmente atua no Boa Vista, time do Rio de Janeiro, esteve na capital mineira na semana passada, quando reservou o dinheiro na agência. Nesta quarta-feira, ele foi ao banco e sacou a quantia. Em seguida, entrou em um táxi. Quando estava passando pela Rua Castigliano, no Bairro Monsenhor Messias, foi rendido por dois homens armados que estavam em uma moto CB 300.
Os criminosos obrigaram o jogador a entregar o relógio e o dinheiro. Também perguntaram sobre uma corrente de ouro, mas o atleta não estava com o acessório. Homens em um C3 preto davam cobertura para a dupla. Ao pegar os materiais, o grupo fugiu pela Avenida Pedro II em direção ao Anel Rodoviário. Militares fazem buscas na região à procura dos suspeitos. Até as 14h30, ninguém tinha sido preso.
Para a PM, os criminosos já monitoravam o jogador desde a última semana. Um dos indicativos foi o pedido de um dos assaltantes para o atleta entregar a corrente de ouro. Somália informou aos policiais que estava com o acessório quando foi fazer o agendamento do saque na semana passada, mas que hoje não usou o adorno.
Somália atuou pelo América em duas oportunidades. De 1996 a 1998, e em 2001. No Brasil jogou por times como São Caetano, Vitória, Fluminense, Duque de Caxias, Figueirense, e hoje veste a camisa do Boa Vista.
Jogadores viram alvos de bandidos
Neste ano, os jogadores de futebol dos clubes mineiros também viveram momentos de terror. Em 21 de maio deste ano, o meia Elber Silva, do Cruzeiro, teve o carro roubado quando saía de casa no Bairro Castelo, na Pampulha. O atleta estava em um Hyundai i 30 quando foi rendido por um homem armado. O carro foi encontrado estacionado na Rua Doutor Rubens Guimarães, no mesmo bairro, no dia seguinte. Ninguém foi preso.
O volante do Atlético, Leandro Donizete Gonçalves da Silva, de 30 anos, teve o prédio invadido por duas vezes em menos de um mês. No primeiro assalto à casa do jogador, que aconteceu em 26 de fevereiro, os criminosos entraram no prédio e foram até um apartamento onde perguntaram pelo atleta. Duas pessoas foram amarradas e levadas para o banheiro da casa. Em seguida, os assaltantes foram até a casa de Leandro Donizete onde renderam uma mulher que estava no apartamento e fugiram levando R$ 40 mil em joias e sete relógios avaliados em R$ 10 mil.
Através das imagens das câmeras de segurança do prédio, a Polícia Civil conseguiu identificar e prender três suspeitos do crime. Eduardo Pereira Teixeira, Marco Paulo Martins e Edinaldo Soares, foram detidos em cumprimento de mandado de prisão no Bairro Vera Cruz.
Já os criminosos do segundo assalto ao prédio do jogador, ainda continuam nas ruas. Em 21 de março, aproximadamente seis criminosos entraram no imóvel aproveitando o descuido de uma moradora que deixou o portão aberto. Os assaltantes foram batendo em cada apartamento dizendo que estavam armados. Eles fizeram 18 pessoas reféns, entre mulheres, homens e crianças. As vítimas foram levadas para um imóvel do sexto andar do edifício. Os bandidos levaram joias, aparelho eletrônicos e dinheiro. Conforme a polícia, pelo menos 12 apartamentos, dos 28 existente no edifício, foram invadidos. No apartamento do jogador foi levado um computador, um relógio e uma máquina fotográfica.