Os professores da Rede Estadual de Minas Gerais se reuniram na pátio Assembleia Legislativa na tarde desta quarta-feira e decidiram fazer uma paralisação de cinco dias durante a Copa das Confederações. A categoria saiu em manifestação em direção à Praça Sete. O trânsito ainda é tranquilo na região. Conforme a Secretaria de Estado de Educação, apenas 1,18 % dos professores aderiram a paralisação.
De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE), as paralisações vão acontecer nos dias 17, 18, 22, 26 e 27 de junho. As datas coincidem com os jogos do torneio. Na capital mineira, as aulas já seriam suspensas nesses dias. Segundo o SindUTE, com a decisão no interior do Estado as atividades também devem parar durante os jogos.
A categoria promete fazer manifestações durante a Copa das Confederações. Porém, não adiantou o que será feito. Os professores reivindicam, entre outros quesitos, o pagamento do piso salarial e o retroativo do piso desde 2011. Também questionam o congelamento do plano carreira do professor.
Os professores saíram do Pátio da ALMG e seguiram para a Praça Sete. Lá, os manifestantes fecharam o cruzamento das avenidas Afonso Pena e Amazonas por aproximadamente 30 minutos, o que causou um grande congestionamento no Centro de BH. De acordo com a BHTrans, houve lentidão na Praça Afonso Arinos, Avenida João Pinheiro, Elevado Castelo Branco, Acenida do Contorno, além dos viadutos B e Leste.
De acordo com a Secretaria de Estado de Educação, apenas 1,18 % dos professores de todo o Estado aderiram a paralisação nesta quarta-feira. Das 3.686 escolas de Minas Gerais, 11 ficaram fechadas por causa do movimento, três na Região Metropolitana de BH e outras oito no interior. “A adesão está baixa porque estamos cumprindo o que prometemos. Apresentamos o projeto para todos os professores e nenhum apresentou sugestões. Então, consideramos que o projeto está bom”, explica a secretaria de Educação, Ana Lúcia Gazzola.
Atualmente, o salário inicial de todos os professores da rede estadual de ensino com escolaridade de nível superior é de R$ 1.386 para uma jornada de 24 horas semanais. O Ministério da Educação exige, para uma jornada de 24 horas semanais, o salário de R$ 940,20. “Por mais que o sindicato diga que não pagamos o piso, isso não é verdade”, afirma Gazzola.