Foi preso na manhã desta segunda-feira o suspeito de matar a juíza mineira juíza mineira Glauciane Chaves de Melo, de 42 anos, atingida por um tiro na nuca no último dia 7.
Segundo o Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT), o ex-marido da vítima, o enfermeiro Evanderly de Oliveira Lima, foi encontrado por policiais militares em uma mata no município de Alto Taquaril, a 479 quilômetros de Cuiabá. Deitado e camuflado com folhas secas, ele não reagiu à prisão. Conforme o órgão, o coordenador militar do TJMT, coronel Wilson Batista, atribuiu a dificuldade para a prisão ao bom condicionamento físico do enfermeiro. De acordo com o coronel, Evanderly serviu ao Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e fez cursos e busca, salvamento e resgate, conhecendo técnicas que o possibilitaram se esconder em locais de difícil acesso.
Ele foi encaminhado para a Delegacia de Alto Taquaril, onde vai ser interrogado pelo delegado João Ferreira Borges, responsável pelo inquérito, no início desta tarde. A prisão preventiva de Evanderly foi decretada. Segundo a Polícia Civil do Mato Grosso, ele deve ser encaminhado para um presídio da região.
Entenda o caso
Segundo informações do Tribunal de Justiça do Mato Grosso, Evanderly, que é de Belo Horizonte e trabalha no Hospital Municipal de Alto Taquari, entrou no gabinete da ex-mulher e iniciou uma discussão. Em seguida, funcionários do fórum ouviram disparos. Glauciane teria morrido com dois tiros. Evanderly fugiu a pé, chegou a ser perseguido por um segurança, mas se escondeu em um matagal. A arma do crime, um revólver calibre 38, foi encontrada pela Polícia Civil no início da tarde na área externa do fórum.
O casal tinha um contrato de união estável que foi dissolvido em 21 de janeiro de 2013. A separação entre os dois, no entanto, ocorreu em 10 de dezembro, segundo o TJMT. O casal não tinha filhos. Segundo familiares, mesmo depois da morte de Glauciene, ele fez ameaças à mãe dela, que vive na capital, por telefone. O homem não aceitava o fim do relacionamento.