A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a morte o menino João Pedro Avelar Cotta, de 2 anos, baleado no peito durante uma tentativa de assalto no fim da tarde de sábado no Bairro Inconfidentes em Contagem, na Grande BH. O menino estava no colo do pai, o engenheiro de qualidade Sandro Magno Cotta, de 47 anos, e serviu como “escudo” quando o bandido atirou. A delegada regional Ana Maria Santos afirma que a polícia já tem suspeitos e as imagens do circuito de segurança de uma empresa, próxima da casa da família, podem ajudar na identificação do atirador.
As imagens mostram parte da ação, quando os pais de João Pedro estão manobrando carros na garagem e o momento em que o assaltante invade a residência. Sandro Magno ainda tenta correr atrás do criminosos logo depois do tiro, mas não consegue porque também ficou ferido.
De acordo com a delegada, as investigações seguem em ritmo acelerado e com prioridade. “A gente vai buscar melhorar as imagens, confirmar algumas identidades para poder evoluir. A equipe está emprenhada na identificação do suspeito. Desde pouco tempo depois do fato, a equipe está trabalhando. Um caso como esse balança até mesmo os policiais. Envolvendo criança é sempre muito chato”, afirma.
Para Ana Maria, não está descartada a hipótese de que o atirador seja menor de idade. “Quero acreditar que seja galinha do terreiro, uma pessoa já conhecida da polícia ou que venha atuando em crimes na região”, completa a delegada. A delegada lembra também que a população pode ajudar repassando informações sobre o paradeiro do autor do crime por meio do Disk Denúncia Unificado, pelo número 181, que assegura sigilo da identidade do denunciante.
Crime
A família foi atacada pelo assaltante quando chegava em casa, na esquina das ruas Juca Flávio e José Gonçalves. Estavam juntos os pais, o menino João Pedro e a irmã, de 6 anos. De acordo com Sandro Magno, o bandido invadiu o imóvel no momento em que retirava seu filho de dentro do carro, um Honda Civic. “Estava parado na garagem quando ele entrou armado. Meu filho estava no meu braço esquerdo, deitado no meu ombro. Eu disse a ele para ficar calmo, para ter paciência, pois ia entregar a chave do carro. Ele respondeu que estava calmo, mas então atirou três vezes”, recordou.