O Instituto de Maternidade, Atendimento à Infância e Policlínica de Barbacena (IMAIP), Região Central de Minas Gerais, está suspendendo as atividades. O hospital está em crise há cerca de quatro anos e fecha lentamente as portas em 2013, depois de mais de 70 anos de atendimentos. A prefeitura reduziu o repasse para a unidade de saúde, que já estava afogada em dívidas e entrou em decadência não conseguindo se sustentar para receber pacientes.
O hospital que fica no Centro da cidade é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos, fundada em 19 de março de 1942, e conta com o apoio do poder público. A unidade prestava assistência à saúde da mulher, com equipes multidisciplinares e estrutura clínica voltada para ginecologia, obstetrícia, mastologia, ortopedia, cirurgia geral e vascular. O fechamento significa a suspensão de quase 3 mil procedimentos ambulatórios e aproximadamente 70 internações hospitalares mensais.
O prefeito Antônio Carlos Doorgal de Andrada - Tonho Andrada (PSDB) – afirma que administração municipal tem contratos de serviço com a Santa Casa, Hospital Ibiapaba e com o IMAIP, no entanto esse último não estava cumprindo com os atendimentos acertados, por isso passou a receber menor investimento. “Entraram num ciclo vicioso, não tem capacidade de produzir e não recebem recurso. Assim ficam cada vez mais em crise”, afirma. De acordo com o prefeito, somente a dívida trabalhista adquirida pelo hospital seria maior que o patrimônio do IMAIP.
De acordo com o secretário de saúde da cidade, José Orleans da Costa, os atendimentos de urgência estão suspensos na porta de entrada desde fevereiro e algumas internações foram interrompidas em abril. No fim de maio, o hospital parou totalmente o serviço. Conforme o secretário, os pacientes que não encontram atendimentos no IMAIP começam a ser absolvidos pelo Hospital Regional (da rede Fhemig), postos de saúde e Santa Casa de Barbacena. “Lamentável que o hospital venha há muitos anos em crise por falta de foco no atendimento”, afirma.
Proposta
O secretário de saúde disse que foi oferecido ao IMAIP um repasse mensal de R$ 160 mil para manutenção das atividades, mas o dinheiro não é suficiente levando em conta o estado de endividamento. “Não sei como conseguiriam equacionar as dívidas. O fechamento fica inevitável. O dinheiro que vamos repassar do SUS fica pouco”, completa Costa. A prefeitura propôs que o IMAP passasse a funcionar apenas como um centro de diagnóstico, cirurgia e oftalmologia, mas a ideia ainda é analisada.
O em.com.br tentou falar a administração do IMAPI, mas não conseguiu contato.