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Estado de Minas

Vendedora pressionada para cumprir metas e vítima de humilhações será indenizada

A funcionária precisava usar "fantasias" e sofria pressão psicológica para atingir metas impostas por empresa de telefonia


postado em 20/06/2013 11:17 / atualizado em 20/06/2013 11:20

Uma vendedora que trabalhava com celulares e acessórios, atuando também na ativação de serviços de uma operadora, será indenizada em R$ 3 mil pela empresa por ter sofrido cobrança abusiva de metas e ter sido exposta a situações humilhantes para divulgar os produtos da empresa.

De acordo com o Tribunal Regional do Trabalho em Minas (TRT), a funcionária era obrigada a trabalhar com adereços e continuar sorrindo nas abordagens aos clientes, passando por várias humilhações. Ela sofria pressão psicológica para manter as metas estipuladas pela empresa de telefonia para a qual trabalhava.

Conforme o juiz Agnaldo Amado Filho, titular da 2ª Vara do Trabalho de Pouso Alegre, nada impede que o patrão exija que o empregado cumpra metas, mas a pressão psicológica é inaceitável. Por identificar essa prática no caso do processo, o magistrado reconheceu que a vendedora sofreu o dano moral.

O magistrado também destacou que a funcionária exerceu atividades para as quais não foi contratada, já que o exercício da função de “animadora ou algo do gênero” e a exploração da imagem para divulgar produtos foram considerados ofensivos à honra, imagem e dignidade da vítima, impondo o dever de reparação por parte do contratante. Tanto a empregadora como a empresa de telefonia foram condenadas ao pagamento da indenização.


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