Luiz Ribeiro
As manifestações se multiplicaram pelo país e, no interior, ganham força com reivindicações locais. Em Montes Claros, a principal reclamação é a precariedade da assistência à saúde. Moradores saíram às ruas durante toda a semana, mesmo após anúncio da prefeitura da cidade de que o valor da passagem de ônibus terá redução, e programam atos para os próximos dias.
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A estudante de ciências sociais Iza Dias, que faz parte da organização do movimento na cidade, conta que, além do combate à corrupção, os ativistas vão protestar contra a aprovação pelos vereadores de Montes Claros de uma verba de R$ 1,3 milhão destinada ao pagamento de pessoal para a Associação de Promoção e Ação Social (Apas), presidida pela mulher do prefeito Ruy Muniz, Tânia Raquel Queiroz Muniz. Eles consideram que o repasse é irregular. “Também queremos melhorias na educação e na saúde.” Tânia respondeu que o repasse é legal e se destina ao pagamento de 80 monitores que vão trabalhar em um projeto de educação.
Em Diamantina, na Região Central do estado, mil jovens voltaram a ocupar as ruas do Centro Histórico e a Praça do Mercado Velho. Eles pediam a redução do preço da passagem de ônibus, melhoria no transporte e contra a paralisação das obras do alojamento estudantil e do restaurante da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). O movimento foi pacífico, sendo acompanhado de perto pela Polícia Militar, assim como ocorreu em Montes Claros.