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Estado de Minas

Uso do dinheiro público também é criticado no interior de Minas


postado em 21/06/2013 06:00 / atualizado em 21/06/2013 07:14

Luiz Ribeiro

 

As manifestações se multiplicaram pelo país e, no interior, ganham força com reivindicações locais. Em Montes Claros, a principal reclamação é a precariedade da assistência à saúde. Moradores saíram às ruas durante toda a semana, mesmo após anúncio da prefeitura da cidade de que o valor da passagem de ônibus terá redução, e programam atos para os próximos dias.


VEJA FOTOS DA MANIFESTAÇÃO NA QUINTA

A estudante de ciências sociais Iza Dias, que faz parte da organização do movimento na cidade, conta que, além do combate à corrupção, os ativistas vão protestar contra a aprovação pelos vereadores de Montes Claros de uma verba de R$ 1,3 milhão destinada ao pagamento de pessoal para a Associação de Promoção e Ação Social (Apas), presidida pela mulher do prefeito Ruy Muniz, Tânia Raquel Queiroz Muniz. Eles consideram que o repasse é irregular. “Também queremos melhorias na educação e na saúde.” Tânia respondeu que o repasse é legal e se destina ao pagamento de 80 monitores que vão trabalhar em um projeto de educação.

Na tarde de ontem, a reportagem foi ao pronto-socorro do Hospital Municipal Alpheu de Quadros. A cena era de superlotação e demora no atendimento. “Minha expectativa é que essas manifestações sirvam para despertar os políticos para que eles possam tomar vergonha e resolver os problemas do povo”, desabafou o lavrador Reinaldo Divino da Silva Santos, que aguarda uma consulta de urgência para a mãe e disse que volta a Montes Claros na terça-feira, quando o movimento está agendando mais um protesto.

Em Diamantina, na Região Central do estado, mil jovens voltaram a ocupar as ruas do Centro Histórico e a Praça do Mercado Velho. Eles pediam a redução do preço da passagem de ônibus, melhoria no transporte e contra a paralisação das obras do alojamento estudantil e do restaurante da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). O movimento foi pacífico, sendo acompanhado de perto pela Polícia Militar, assim como ocorreu em Montes Claros.


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