Jornal Estado de Minas

Protesto reúne 5 mil pessoas para pedir metrô e hospital no Barreiro

Os manifestantes fizeram uma longa caminhada pela região com cartazes e faixas. Duas pessoas acabaram presas por depredar ônibus e arremessar bombas durante o protesto

João Henrique do Vale
Crianças e idosos de juntaram aos jovens durante a manifestação - Foto: João Henrique do Vale/EM/D.A.Press

A manifestação no Barreiro, a região tradicional de Belo Horizonte, reuniu mais 5 mil pessoas, entre jovens, crianças e idosos, na noite desta sexta-feiraAlém das reivindicações dos protestos anteriores, como a diminuição da passagem de ônibus e contra a aprovação da PEC-37, a população também requisitou a conclusão do Hospital Regional do Barreiro e a construção do metrôDuas pessoas acabaram detidas.

Os manifestantes se reuniram em frente a universidade PUC Minas, na Avenida Afonso Vaz de MeloA passeata seguiu pela Avenida Sinfrônio Brochado até a Avenida Olinto MeirelesMuitas crianças, até mesmo com cachorros, e idosos acompanhavam os jovens e gritavam palavras de ordemA Polícia Militar (PM) acompanhou cada passo sem precisar agir.

Quando a mobilização chegou na Avenida Olinto Meireles aconteceram as primeiras cenas de vandalismoUm grupo pequeno de jovens, alguns com os rostos cobertos com camisas ou máscaras, começaram a arremessar bombas e fogos de artifícioUm dos foguetes chegou a cair próximo de algumas pessoas que correram, mas ninguém se feriu.

O grupo seguiu até a via do minério onde ficou parado por cerca de 30 minutos em frente as obras do hospital regional do barreiro, que começaram desde 2010A conclusão das obras foi uma das promessas feitas pelo prefeito Marcio Lacerda durante a campanha para a reeleição“As obras começam e param há três anosJá até privatizaram, mas não adiantou nada
O Barreiro é bastante populoso e tem muitos comércios, porém não tem nenhum hospital e nem metrôIsso é uma vergonha”, diz Raquel Lomanto, de 25 anos

Depois de visitarem as obras do hospital, a passeata voltou novamente para a Avenida Afonso Vaz de MeloLá, houve um princípio de tumultoAlguns jovens tentaram invadir a Estação Diamante, e acabaram sendo dispersados por militaresUm adolescente chegou a ser detido, mas foi liberado depois de conversar com os policiais

Os manifestantes fecharam ruas e um viaduto próximo a Estação o que deixou o trânsito bastante lentoAlguns motoristas desligaram os veículos e foram para ruaOs passageiros de ônibus desistiram de esperar e decidiram seguir viagem a pé

Quando a mobilização já estava sendo dispersada, algumas pessoas cercaram um ônibus da linha 330 (Via Shopping / Barreiro) na Avenida Sinfrônio Brochado
Um passageiro se irritou e cuspiu contra algumas pessoas, que tentaram invadir o veículo para linchá-loMilitares conseguiram conter a confusão e retirar o homem do local

De acordo com o tenente-coronel André Leão, que coordenou a operação durante a manifestação, afirmou que dois jovens foram presosUm por jogar pedras contra um coletivo e outro por arremessar explosivos