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Estado de Minas

Protesto reúne 5 mil pessoas para pedir metrô e hospital no Barreiro

Os manifestantes fizeram uma longa caminhada pela região com cartazes e faixas. Duas pessoas acabaram presas por depredar ônibus e arremessar bombas durante o protesto


postado em 21/06/2013 22:30 / atualizado em 21/06/2013 22:39

Crianças e idosos de juntaram aos jovens durante a manifestação(foto: João Henrique do Vale/EM/D.A.Press)
Crianças e idosos de juntaram aos jovens durante a manifestação (foto: João Henrique do Vale/EM/D.A.Press)

A manifestação no Barreiro, a região tradicional de Belo Horizonte, reuniu mais 5 mil pessoas, entre jovens, crianças e idosos, na noite desta sexta-feira. Além das reivindicações dos protestos anteriores, como a diminuição da passagem de ônibus e contra a aprovação da PEC-37, a população também requisitou a conclusão do Hospital Regional do Barreiro e a construção do metrô. Duas pessoas acabaram detidas.

Os manifestantes se reuniram em frente a universidade PUC Minas, na Avenida Afonso Vaz de Melo. A passeata seguiu pela Avenida Sinfrônio Brochado até a Avenida Olinto Meireles. Muitas crianças, até mesmo com cachorros, e idosos acompanhavam os jovens e gritavam palavras de ordem. A Polícia Militar (PM) acompanhou cada passo sem precisar agir.

Quando a mobilização chegou na Avenida Olinto Meireles aconteceram as primeiras cenas de vandalismo. Um grupo pequeno de jovens, alguns com os rostos cobertos com camisas ou máscaras, começaram a arremessar bombas e fogos de artifício. Um dos foguetes chegou a cair próximo de algumas pessoas que correram, mas ninguém se feriu.

O grupo seguiu até a via do minério onde ficou parado por cerca de 30 minutos em frente as obras do hospital regional do barreiro, que começaram desde 2010. A conclusão das obras foi uma das promessas feitas pelo prefeito Marcio Lacerda durante a campanha para a reeleição. “As obras começam e param há três anos. Já até privatizaram, mas não adiantou nada. O Barreiro é bastante populoso e tem muitos comércios, porém não tem nenhum hospital e nem metrô. Isso é uma vergonha”, diz Raquel Lomanto, de 25 anos.

Depois de visitarem as obras do hospital, a passeata voltou novamente para a Avenida Afonso Vaz de Melo. Lá, houve um princípio de tumulto. Alguns jovens tentaram invadir a Estação Diamante, e acabaram sendo dispersados por militares. Um adolescente chegou a ser detido, mas foi liberado depois de conversar com os policiais.

Os manifestantes fecharam ruas e um viaduto próximo a Estação o que deixou o trânsito bastante lento. Alguns motoristas desligaram os veículos e foram para rua. Os passageiros de ônibus desistiram de esperar e decidiram seguir viagem a pé.

Quando a mobilização já estava sendo dispersada, algumas pessoas cercaram um ônibus da linha 330 (Via Shopping / Barreiro) na Avenida Sinfrônio Brochado. Um passageiro se irritou e cuspiu contra algumas pessoas, que tentaram invadir o veículo para linchá-lo. Militares conseguiram conter a confusão e retirar o homem do local.

De acordo com o tenente-coronel André Leão, que coordenou a operação durante a manifestação, afirmou que dois jovens foram presos. Um por jogar pedras contra um coletivo e outro por arremessar explosivos.


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