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Estado de Minas

Alunos da UFMG organizam ato público contra o reitor e a presença militar em câmpus

Segundo eles, mata na área da Pampulha serviu para abrigar militares durante protesto no sábado. Instituição afirma que quer preservar a segurança da comunidade universitária e do patrimônio


postado em 24/06/2013 10:42 / atualizado em 24/06/2013 12:01

Quase 3 mil estudantes confirmaram presença no ato público que acontece nesta segunda(foto: Reprodução/Facebook)
Quase 3 mil estudantes confirmaram presença no ato público que acontece nesta segunda (foto: Reprodução/Facebook)


Estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) realizam, a partir das 11h desta segunda-feira, um ato público contra o reitor da instituição, Clélio Campolina, questionando a presença de militares e da Força Nacional dentro do câmpus Pampulha durante o protesto no último sábado em Belo Horizonte. Às 13h, os universitários se reúnem em uma assembleia na praça de serviços par discutir o mesmo tema.


Nesta manhã, quase 3 mil pessoas haviam confirmado presença pela página do protesto no Facebook. Eles vão se concentrar no gramado do prédio da reitoria. Segundo a descrição do evento na rede social, militares estavam no câmpus durante os protestos no dia 22. “(...) a mata da UFMG serviu para ocultar militares que atacaram manifestantes com bala de borracha e seu estacionamento abrigou caminhões da Força Nacional. O Reitor Clélio Campolina fechou as portas da UFMG para os estudantes, mas as deixou aberta para a truculência dos militares”, afirmam os organizadores.

Em nota divulgada no domingo no site da UFMG, Clélio Campolina e a vice-reitora, Rocksane de Carvalho Norton, explicam que, conforme a Lei Geral da Copa, o câmpus Pampulha se encontra dentro de um perímetro de segurança de 700 metros, estabelecido pelas autoridades públicas, no entorno do Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão. Ainda segundo a nota, a presença dos policiais no campo é necessária para garantir a segurança da população universitária e do patrimônio da instituição. “Em entendimentos com os ministérios da Educação, da Justiça e da Defesa e com o governo do Estado de Minas Gerais, ficou acertado que UFMG abrigaria efetivos da Força Nacional de Segurança Pública no câmpus Pampulha. Essa decisão atende os preceitos legais antes mencionados e busca preservar a segurança pessoal e patrimonial na UFMG, que é um bem público coletivo de toda a sociedade”, diz o documento.

Segundo o coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE), João Vítor Leite Rodrigues, o ato de repúdio é espontâneo e não tem organização do DCE, mas contará com a presença dos membros do diretório. Em paralelo ao ato, ocorrerá uma reunião entre o reitor e o conselho universitário da UFMG. Rodrigues vai ao encontro com a reitoria e pretende levar para a assembleia dos estudantes, à tarde, o que foi discutido no encontro. “Basicamente vamos pedir ao reitor esclarecimentos o porquê da presença da guarda nacional frequentemente no câmpus”, relata.


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