O delegado Geraldo do Amaral Toledo Neto, suspeito de matar a ex-namorada, Amanda Linhares dos Santos, de 17 anos, informou, por carta, que não pretende participar das próximas audiências públicas realizadas na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A terceira reunião para discutir o caso aconteceu na manhã desta terça-feira.
Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o deputado Durval Ângelo (PT) leu hoje uma carta do delegado a qual a Comissão de Direitos Humanos da ALMG teve acesso. Nela, Toledo afirma que não tem interesse em participar das audiências, pois tem direito de permanecer calado e ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo.
Durval Ângelo, que é presidente da comissão, disse que não vai mais convocar o delegado, que está preso na Casa de Custódia da Polícia Civil, mas isso não impede que outro parlamentar tenha a iniciativa em outras ocasiões. A primeira audiência sobre a morte da adolescente aconteceu em 9 de maio e o comparecimento do delegado ma reunião foi negado por uma juíza. Também por carta, Toledo insistiu que Amanda Linhares atirou contra a própria cabeça e deu sua versão sobre o caso.
Na semana passada, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ofereceu denúncia contra Geraldo Toledo por homicídio qualificado – motivo torpe e dissimulação -, e por fraude processual. Além dele, três amigos, a advogada e uma ex-namorada foram denunciados por fraude processual, sendo as duas últimas por falso testemunho.
Entenda o caso
Em 14 de abril, Amanda estava em companhia do delegado quando, depois de um atrito com ele, foi baleada. Testemunhas disseram que o casal estava no carro do policial, na estrada entre Ouro Preto e o distrito de Lavras Novas, na Região Central de Minas. O delegado nega que tenha atirado na adolescente, com quem mantinha um relacionamento marcado por desavenças, que geraram ocorrências policiais. A Justiça chegou a determinar que o policial não poderia se aproximar de Amanda. Porém, a advogada dele informou que seu cliente não chegou a ser notificado da decisão.
Pela versão do suspeito, Amanda Linhares tentou se matar. O delegado buscou a jovem em Conselheiro Lafaiete e depois seguiram para Ouro Preto. Depois de uma ligação à Polícia Militar avisando que o casal foi visto brigando na estrada, veio a informação de que Amanda havia sido deixada em unidade de pronto atendimento (UPA) da cidade com um tiro na cabeça. Funcionários da unidade de saúde informaram aos militares que o homem que a deixou no local disse que ela tentou o suicídio.
O carro do policial, um Peugeot preto, foi apreendido e periciado. Apesar da afirmação de que a adolescente tentou se matar, exames residuográficos nas mãos dela não acharam vestígios de pólvora. Amanda foi transferida para o Hospital João XIII, onde morreu em 3 de junho, após 51 dias internada.
Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o deputado Durval Ângelo (PT) leu hoje uma carta do delegado a qual a Comissão de Direitos Humanos da ALMG teve acesso. Nela, Toledo afirma que não tem interesse em participar das audiências, pois tem direito de permanecer calado e ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo.
Durval Ângelo, que é presidente da comissão, disse que não vai mais convocar o delegado, que está preso na Casa de Custódia da Polícia Civil, mas isso não impede que outro parlamentar tenha a iniciativa em outras ocasiões. A primeira audiência sobre a morte da adolescente aconteceu em 9 de maio e o comparecimento do delegado ma reunião foi negado por uma juíza. Também por carta, Toledo insistiu que Amanda Linhares atirou contra a própria cabeça e deu sua versão sobre o caso.
Na semana passada, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ofereceu denúncia contra Geraldo Toledo por homicídio qualificado – motivo torpe e dissimulação -, e por fraude processual. Além dele, três amigos, a advogada e uma ex-namorada foram denunciados por fraude processual, sendo as duas últimas por falso testemunho.
Entenda o caso
Em 14 de abril, Amanda estava em companhia do delegado quando, depois de um atrito com ele, foi baleada. Testemunhas disseram que o casal estava no carro do policial, na estrada entre Ouro Preto e o distrito de Lavras Novas, na Região Central de Minas. O delegado nega que tenha atirado na adolescente, com quem mantinha um relacionamento marcado por desavenças, que geraram ocorrências policiais. A Justiça chegou a determinar que o policial não poderia se aproximar de Amanda. Porém, a advogada dele informou que seu cliente não chegou a ser notificado da decisão.
Pela versão do suspeito, Amanda Linhares tentou se matar. O delegado buscou a jovem em Conselheiro Lafaiete e depois seguiram para Ouro Preto. Depois de uma ligação à Polícia Militar avisando que o casal foi visto brigando na estrada, veio a informação de que Amanda havia sido deixada em unidade de pronto atendimento (UPA) da cidade com um tiro na cabeça. Funcionários da unidade de saúde informaram aos militares que o homem que a deixou no local disse que ela tentou o suicídio.
O carro do policial, um Peugeot preto, foi apreendido e periciado. Apesar da afirmação de que a adolescente tentou se matar, exames residuográficos nas mãos dela não acharam vestígios de pólvora. Amanda foi transferida para o Hospital João XIII, onde morreu em 3 de junho, após 51 dias internada.