Os organizadores convocaram os jovens pelas redes sociais para uma concentração na Praça Doutor Carlos, a partir das 16hCom medo de saques e depredações, os comerciantes fecharam as portas das lojas às 14h e as empresas de ônibus decidiram interromper o serviço temporariamente a partir das 15hNo entanto, o movimento foi pacíficoPara garantir a paz, a Polícia Militar mobilizou 500 homens, que acompanharam os manifestantes de perto e reforçaram a guarda em prédios públicos, principalmente nas sedes da prefeitura e da Câmara Municipal – e em frente à casa do prefeito Ruy Muniz, onde um grupo se concentrou na tarde de ontemSegundo a PM, foram apreendidos oito rojões e não houve prisões até as 20h.
Apesar de os organizadores propagarem que o ato foi apartidário e sem vínculo com nenhuma entidade, no meio da passeata apareceram bandeiras do Movimento Nacional dos Trabalhadores Sem Terra (MST), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Liga CamponesaUm participante também usou o microfone para mencionar a presença de membros do PSOL.
EDUCAÇÃO Durante a manifestação, foram exibidas faixas e cartazes com reivindicações variadas, com destaque para mensagens pedindo o fim da corrupção, e a rejeição da PEC 37, além de apelos para mais investimentos na saúde e na educaçãoTambém houve manifestações pela redução do valor da tarifa de ônibus em Montes Claros, embora o preço da passagem tenha sido reduzido, domingo, de R$ 2,40 para R$ 2,30
“Vim para a rua porque, se a gente ficar em casa, nada acontece”, afirmou o estudante Lucas Pimenta Santos, de 20 anos, que exibia o cartaz com os dizeres: “O Brasil é o país do futebol porque o futebol não se aprende na escola”O aluno de direito Jonathan Cândido da Silva, de 23, disse que protestava contra a administração municipalJá Fernanda Martins Santos, de 16, aproveitou para protestar contra as pessoas que usam as manifestações para praticar violência e vandalismo