Apesar de pacífica, uma manifestação provocou, ontem à tarde, o fechamento do comércio no Centro de Montes Claros, no Norte de Minas. Segundo a Polícia Militar, o protesto reuniu cerca de 10 mil pessoas, a maioria estudantes, que saíram da Praça Doutor Carlos, percorreram várias ruas do Centro e a Avenida Sanitária, parando em frente à prefeitura, onde os manifestantes se concentram até a noite.
Apesar de os organizadores propagarem que o ato foi apartidário e sem vínculo com nenhuma entidade, no meio da passeata apareceram bandeiras do Movimento Nacional dos Trabalhadores Sem Terra (MST), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Liga Camponesa. Um participante também usou o microfone para mencionar a presença de membros do PSOL.
EDUCAÇÃO Durante a manifestação, foram exibidas faixas e cartazes com reivindicações variadas, com destaque para mensagens pedindo o fim da corrupção, e a rejeição da PEC 37, além de apelos para mais investimentos na saúde e na educação. Também houve manifestações pela redução do valor da tarifa de ônibus em Montes Claros, embora o preço da passagem tenha sido reduzido, domingo, de R$ 2,40 para R$ 2,30.
“Vim para a rua porque, se a gente ficar em casa, nada acontece”, afirmou o estudante Lucas Pimenta Santos, de 20 anos, que exibia o cartaz com os dizeres: “O Brasil é o país do futebol porque o futebol não se aprende na escola”. O aluno de direito Jonathan Cândido da Silva, de 23, disse que protestava contra a administração municipal. Já Fernanda Martins Santos, de 16, aproveitou para protestar contra as pessoas que usam as manifestações para praticar violência e vandalismo. Segundo a polícia, quatro pessoas foram presas por depredação.