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Estado de Minas

Comércio fecha as portas em Montes Claros por causa de manifestação

Protesto na terça-feira reuniu cerca de 10 mil pessoas. Com medo de saques e depredações, os comerciantes fecharam as portas das lojas às 14h e as empresas de ônibus decidiram interromper o serviço temporariamente a partir das 15h


postado em 26/06/2013 06:00 / atualizado em 26/06/2013 07:49

Apesar de pacífica, uma manifestação provocou, ontem à tarde, o fechamento do comércio no Centro de Montes Claros, no Norte de Minas. Segundo a Polícia Militar, o protesto reuniu cerca de 10 mil pessoas, a maioria estudantes, que saíram da Praça Doutor Carlos, percorreram várias ruas do Centro e a Avenida Sanitária, parando em frente à prefeitura, onde os manifestantes se concentram até a noite.

Os organizadores convocaram os jovens pelas redes sociais para uma concentração na Praça Doutor Carlos, a partir das 16h. Com medo de saques e depredações, os comerciantes fecharam as portas das lojas às 14h e as empresas de ônibus decidiram interromper o serviço temporariamente a partir das 15h. No entanto, o movimento foi pacífico. Para garantir a paz, a Polícia Militar mobilizou 500 homens, que acompanharam os manifestantes de perto e reforçaram a guarda em prédios públicos, principalmente nas sedes da prefeitura e da Câmara Municipal – e em frente à casa do prefeito Ruy Muniz, onde um grupo se concentrou na tarde de ontem. Segundo a PM, foram apreendidos oito rojões e não houve prisões até as 20h.

Apesar de os organizadores propagarem que o ato foi apartidário e sem vínculo com nenhuma entidade, no meio da passeata apareceram bandeiras do Movimento Nacional dos Trabalhadores Sem Terra (MST), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Liga Camponesa. Um participante também usou o microfone para mencionar a presença de membros do PSOL.

EDUCAÇÃO Durante a manifestação, foram exibidas faixas e cartazes com reivindicações variadas, com destaque para mensagens pedindo o fim da corrupção, e a rejeição da PEC 37, além de apelos para mais investimentos na saúde e na educação. Também houve manifestações pela redução do valor da tarifa de ônibus em Montes Claros, embora o preço da passagem tenha sido reduzido, domingo, de R$ 2,40 para R$ 2,30.

“Vim para a rua porque, se a gente ficar em casa, nada acontece”, afirmou o estudante Lucas Pimenta Santos, de 20 anos, que exibia o cartaz com os dizeres: “O Brasil é o país do futebol porque o futebol não se aprende na escola”. O aluno de direito Jonathan Cândido da Silva, de 23, disse que protestava contra a administração municipal. Já Fernanda Martins Santos, de 16, aproveitou para protestar contra as pessoas que usam as manifestações para praticar violência e vandalismo. Segundo a polícia, quatro pessoas foram presas por depredação.


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