Jornal Estado de Minas

Ministério da Integração vai investir R$ 51,3 mi em revitalizações na Serra da Canastra

O Ministério da Integração Nacional, por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), vai investir R$ 51,3 milhões para recuperação das estradas e acessos à área de preservação que abriga as nascentes históricas do Rio São Francisco.

Nos próximos dias o ministro Fernando Bezerra Coelho deve assinar ordens de serviço para implantação do sistema de esgotamento sanitário no município de Arcos, no valor de R$ 15,9 milhões e para a reforma do Centro de Atenção ao Turista no Parque Nacional da Serra da Canastra (R$ 200 mil)
As ações fazem parte do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do São Francisco, executado pela Codevasf com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

As obras no parque nacional consistem na recuperação das estradas e acessos ao parque numa extensão total de 193,45 km, sendo 176,73 km de revestimento primário; 6 km em calçamento do tipo bloquete; 8,12 km de acessos para pedestres; e 2,6 km em calçamento do tipo bloquete – ligando o município de São Roque de Minas à entrada do Parque NacionalAs obras e serviços a serem executados contemplam readequação do leito estradal, drenagem, sinalização e obras de arte, bem como intervenção de melhoria aos acessos exclusivos para pedestres.

O Parque Nacional da Serra da Canastra foi criado por Decreto Federal em 1972, com o objetivo de recuperar, proteger e preservar uma área total de 200 mil hectares, onde são abrigadas as primeiras nascentes do rio São FranciscoNa parte alta do Parnacanastra, em Minas Gerais, o pequeno "Chico" percorre o primeiro trecho de um longo percursoDepois de despencar na Casca Danta, atravessa a Bahia, faz divisa ao norte com Pernambuco, e constitui divisa natural entre Sergipe e Alagoas, desaguando no oceano Atlântico, um percurso de 2.830 km.

A região apresenta flora com espécies endêmicas (só nascem e proliferam naquele habitat) e espécimes da fauna considerados em extinção, a exemplo do tatu-canastra, do lobo-guará, do tamanduá-bandeira e do pato-mergulhão

De acordo com dados e mapas do IBGE, a área total do Parnacanastra situa-se nas regiões oeste (São Roque de Minas e Vargem Bonita) e sul/sudoeste (Sacramento, Capitólio, Delfinópolis, São João Batista do Glória) de Minas GeraisA maior parte da atual área de proteção ambiental (71 mil hectares), cerca de 70%, encontra-se dentro do município de São Roque de Minas