Dezenas de pessoas que participavam de um protesto em Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira, ocupam o plenário da Câmara Municipal da cidade desde o fim da tarde de quinta-feira. Eles disseram que só vão deixar o prédio depois que o valor das passagens de ônibus e o salário dos vereadores for reduzido. A polícia cercou o local na manhã desta sexta-feira.
A manifestação começou às 16h de ontem e percorreu as ruas da cidade. Ao final, o grupo invadiu o plenário da Câmara. A Casa tentou manter o atendimento para emissão de carteiras de identidade, atendimento ao consumidor e outros serviços prestados, mas o funcionamento precisou ser suspenso. Temendo pela segurança do local, o presidente da Câmara Municipal, vereador Júlio Gasparette (PMDB), evacuou o prédio, que é tombado pelo patrimônio. Neste momento, somente os manifestantes e os seguranças da Câmara permanecem no local.
A energia elétrica do prédio foi cortada e cerca de 80 policiais cercam o prédio. Pela manhã, sete pessoas deixaram o imóvel. Um outro grupo, que pretendia se unir aos manifestantes às 10h não teve a entrada permitida e protesta do lado de foram. Um jovem que participa da ocupação apareceu na janela e mostrava sintomas de um ataque epiléptico. O resgate foi acionado e entrou no prédio. O rapaz saiu em uma maca sorrindo e acenando para quem estava do lado de fora, causando indignação de muitas pessoas que presenciavam a cena.
Júlio Gasparette registrou um boletim de ocorrência contra atos de vandalismo que teriam acontecido desde o início da invasão. Um exemplar da Bíblia que fica no plenário teria sido rasgado e o mastro da bandeira foi danificado. Apesar do corte da luz e do policiamento, os manifestantes prometem deixar o local somente com a presença do prefeito da cidade, Bruno Siqueira (PMDB), caso ele assine um documento reduzindo a passagem do transporte coletivo de R$ 2,05 para R$ 1,85, e também o salário dos vereadores da Casa. (Com informações de Michele Pacheco - TV Alterosa em Juiz de Fora)