Segundo a nota, o anúncio de Lacerda ignora o acordo realizado no domingo, entre os manifestantes e o secretário de Governo, Josué costa Valadão, e o Diretor-presidente da BHtrans, Ramon Victor, em que foi firmado que o primeiro encontro entre o prefeito e os representantes não seria realizado nesta tarde, em virtude de uma assembleia marcada para às 19h desta segunda, na sede do Legislativo, que irá definir a delegação responsável para fazer as negociações com a prefeitura.
Verônica Gomes, integrante da Comissão de Comunicação do movimento, explica que os membros da ocupação não se recusam a se encontrar com o prefeito“Só queremos o adiamento dessa reunião, pois pedimos ontem ao secretário que nada fosse marcado de última hora, já que nos organizamos por meio de assembleias, e eles não respeitaram issoFicamos sabendo desse encontro apenas pela Imprensa e poucas horas antes ”, disse.
Ainda de acordo com a nota, o "encontro não pode ser definido de forma autoritária e verticalizada, ignorando a autonomia, horizontalidade e transparência da Assembleia." Agora, os manifestantes esperam que a prefeitura entre em contato direto com a Assembleia, propondo uma reunião que atenda às demandas de ambos.
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Prefeitura
De acordo com o assessor-chefe da Comunicação Social da prefeitura, Régis Souto, não houve nenhum acordo determinando que a reunião não poderia ocorrer nesta tarde“No sábado e no domingo, eles se manifestaram pedindo reunião com o prefeito com a maior urgência possívelInclusive, já estavam com uma comissão formada”, conta.
Ainda segundo ele, o secretário de Governo, Josué Valadão, havia firmado um compromisso dizendo que veria a agenda do prefeito de hoje e abriria um espaço“A prefeitura está disposta a dialogar com todos os setores da sociedadeNós informamos sobre a reunião ao grupo, por telefone, por volta de 12h30 e, às 13h30, passamos a nota à imprensa”, completa Régis.
Ocupação
O encontro com o prefeito de BH é a principal exigência dos manifestantes para que a Câmara seja desocupadaO grupo acampado pede a revogação do reajuste das passagens ocorrido em dezembro, quando a tarifa passou de R$ 2,65 para R$ 2,80 e a abertura das planilhas de custo do sistemaPedem também a incorporação, na redução do preço, da desoneração do PIS, Pasep e Cofins, prevista em medida provisória da presidente Dilma Rousseff (PT) e em projeto de lei que tramita no Congresso NacionalNa prática, os movimentos pedem corte de R$ 0,25 nas passagens, diferentemente do projeto de lei aprovado ontem pelos vereadores que resulta na redução de R$ 0,10.
Mesa diretora
Mais cedo, um grupo de cinco manifestantes foi recebido pela Mesa Diretora da Câmara e participou de uma reunião mediada pelos vereadores do PT Adriano Ventura, Pedro Patrus e Arnaldo Godoy