Três suspeitos de tentar arrombar caixas eletrônicos em Capim Branco, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram presos na manhã desta terça-feira. Outros envolvidos no crime ainda são procurados pela Polícia Militar. Um dos detidos é investigador que trabalha na Divisão de Orientação e Proteção à Criança e do Adolescente ( Dopcad) em BH, mas a Polícia Civil ainda apura o grau de envolvimento do policial no crime. Os bandidos foram surpreendidos pelos militares quando se preparavam para entrar na agência do Sicoob, no Centro da cidade.
De acordo com o tenente Ricardo Azevedo Lima, da 198ª Companhia do 36º Batalhão da PM, os homens chegaram de madrugada para roubar o banco em um Fiat Siena, carro que é roubado e tem a placa clonada. Militares em patrulhamento flagraram os homens com ferramentas tentando abrir a agência e os suspeitos fugiram no momento da abordagem. Houve troca de tiros entre bandidos e militares e um dos assaltantes foi baleado.
Segundo o tenente, os homens conseguiram fugir com o Siena na direção de um matagal, onde abandonaram o carro e seguiram a pé. Um dos foragidos, Rafael Nonato Camilo de Paula, se escondeu em um paiol na região e foi encontrado pelos militares. “Ele fez uma barricada atrás da porta com sofá e pneus, mas os militares conseguiram pegar”, conta o tenente. De acordo com Lima, o suspeito confessou envolvimento na tentativa de arrombamento ao caixa e disse “pra mim não vai dar nada porque meu advogado já está me esperando, vou responder por tentativa de furto”.
O helicóptero da PM ajudou na busca pelos bandidos e num voo rasante conseguiu encontrar Cléves Neves da Silva Júnior, de 24 anos. Ele estava ferido com uma fratura exposta na perna por causa do tiro que levou. De dentro do matagal, Cléves ligou para o pai, que tentou resgatá-lo na fuga, mas também acabou preso. O pai foi encontrado de carro na entrada da mata e também teve que ir para delegacia prestar esclarecimentos sobre o apoio ao criminoso.
No entorno do matagal, a PM encontrou o policial civil Deusdedite de Matos Neto. Com as roupas sujas e muito confuso, ele não sobre explicar aos militares o motivo pelo qual estava na região de madrugada. “Os militares se depararam com ele pedindo carona e ele não conseguiu justificar a presença ali”, explica o tenente Lima. Muito confuso, Deusdedite chegou a dizer que morava em Contagem, mas teria deixado o carro na capital. O investigador foi encaminhado para a delegacia por suspeita de envolvimento no crime da agência Sicoob.
A polícia continua as buscas por outros suspeitos de ataque à agência. Equipes do 36º Batalhão, da PM de Sete Lagoas e cães das Rondas Ostensivas Com Cães Adestrados (Rocca) ajudam na operação.