Jornal Estado de Minas

Imagens de depredações durante protestos em Belo Horizonte são exibidas em audiência

Atos de vandalismo na capital são tema de reunião na Assembleia Legislativa. Segundo a Polícia Civil, até o momento foram feitas 80 identificações durante as investigações dos casos.

Cristiane Silva
A Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) examina, na manhã desta terça-feira, vídeos que mostram cenas de depredação e atos de vandalismo durante os protestos que aconteceram em Belo Horizonte nos últimos dias para tentar identificar envolvidos nos crimes.

As imagens foram apresentadas na última sexta-feira pelo superintendente geral de Investigação e Polícia Judiciária da Polícia Civil, Jeferson Botelho, que participa da audiência que começou às 9h
Também estão na reunião o juiz de Direito Elexander Camargo Diniz, a juíza da Vara da Infância e da Juventude, Valéria Rodrigues, o desembargador Herbert Carneiro, o major da Polícia Militar, Gilmar Luciano, o tenente-coronel Alberto Luiz, chefe da comunicação da Polícia Militar, e o promotor Rodrigo Fonte Boa

Veja fotos de cenas de vandalismo registradas em BH

Segundo os parlamentares, as imagens vieram de diversas fontes, inclusive vídeos particularesElas mostram lançamento de coquetéis molotov contra a polícia, invasão de lojas e incêndios provocados por vândalosDurante a reunião, a juíza Valéria Rodrigues informou que teve contato com pelo menos cinco menores que foram apreendidos durante os protestos, nenhum deles com passagens pela polícia, até entãoTraçando um perfil, a magistrada mencionou que eles são de classe média baixa e não souberam explicar por que estavam na manifestaçãoPreocupada com o Mundial de 2014, a juíza alerta que, caso as autoridades não tracem uma estratégia de atuação, os atos de vandalismo podem ser piores que os registrados neste ano

O superintendente Jefferson Botelho fez um balanço da atuação da Polícia Civil durante as manifestações em Belo HorizonteEntre os dias 17 e 26 de junho, 141 pessoas foram detidas e conduzidas para delegacias em Belo Horizonte, sendo que 45 foram autuadas em flagranteForam feitas 80 identificaçõesDurante a investigação, estão sendo usadas imagens de vídeo e provas técnicas, como manchas de sangue
Após o período citado por Botelho, outros 30 casos suspeitos de vandalismo foram registradosO superintendente também mencionou a possibilidade de atuação de um grupo extremista em Belo Horizonte, surgido na década de 1980 na Europa